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No Brasil, 34% do jornalismo é totalmente digital

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4/3/2022 – “É preciso atender as necessidades do consumidor do presente. Se os hábitos de consumo mudam, o mercado deve acompanhar”, Thiago Lins

A popularização do jornalismo digital vem diminuindo os “desertos de notícias”, que é como são chamados os municípios sem veículos jornalísticos ou cobertura da imprensa. É o que afirma a pesquisa “Digital reduz desertos de notícia”, divulgada pelo Atlas da Notícia. O estudo identificou uma redução de 9,5% no número de municípios considerados desertos de notícias no Brasil.

A pesquisa também revelou um aumento da presença digital do jornalismo: 34% de toda produção de notícias do Brasil já acontece 100% online. Com cerca de 4.670 veículos on-line, o Brasil registrou um aumento da categoria nos últimos 3 anos. 

Enquanto isso, publicações impressas diminuíram sua força, de acordo com a pesquisa. Cerca de 79 publicações encerraram suas atividades no país, principalmente revistas físicas. Para Thiago Lins, especialista em marketing e assinaturas digitais, esses dados são uma oportunidade para o jornalismo se reinventar.

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“É preciso atender as necessidades do consumidor do presente. Se os hábitos de consumo mudam, o mercado deve acompanhar”, afirmou Lins, que também é diretor de crescimento da Robox, plataforma e-commerce que trabalha com empresas no modelo de negócios por assinatura.

Apps de notícias são alternativa para o mercado

Outra pesquisa, da consultoria Newzoo, mostra que o Brasil tinha, até 2021, aproximadamente 109 milhões de usuários de smartphones. O número corresponde a mais da metade da população. “Devido ao crescente uso de dispositivos móveis como meio de comunicação, os aplicativos se destacam entre as tecnologias que vão impactar o futuro do jornalismo digital. Já vivemos numa era mobile first”, afirma Aldo César, CEO da Robox.

Mobile First é um conceito do web design aplicado em projetos digitais, onde o foco inicial da arquitetura e desenvolvimento é pensado primeiro para os dispositivos móveis e só depois para os desktops.

“Não é à toa que, no último e-book lançado pela Robox, focamos nesse tema para ajudar publishers a conquistarem leitores em plataformas mobile, de forma que esses usuários possam ter boas experiências com o app e se tornarem assinantes”, explica Aldo.

Apps jornalísticos já são tendência fora do país

Dos 7,5 milhões de assinantes do The New York Times, 90% deles são de produtos digitais, como os apps e as newsletters pagas. O faturamento em assinaturas digitais do NYT superou o de assinantes da versão impressa pela primeira vez em 2020.

Além de investir em um app de notícias de alto nível, o NYT também criou apps voltados para outros interesses do seu público-alvo, como jogos e culinária. Por US$0,50 por mês ou US$ 20,00 por ano, assinantes do NYT Cooking App têm à sua disposição milhares de receitas para todos os gostos, desenvolvidas por experts na culinária. Além disso, o app oferece vídeos para auxiliar os usuários no preparo dos pratos e um espaço para organizar e salvar suas receitas favoritas.

Já o NYT Games é um app de jogos, desenvolvido para fãs de palavras-cruzadas e outros jogos clássicos que eram encontrados, antigamente, na versão impressa dos jornais. Pelo mesmo valor (US$ 0,50 por mês ou US$ 20,00 por ano), os assinantes têm acesso a mais de 10.000 jogos. 

Além disso, o jornal anunciou em janeiro a aquisição do Wordle, jogo digital que virou um fenômeno na web por simular o famoso Scrabble (tradicional jogo americano), que lembra o nosso jogo da forca aqui no Brasil. A compra visa aproveitar a sinergia do game com sua comunidade de fãs, conquistando assim mais assinantes para o NYT.

Outro exemplo internacional de app bem sucedido é o Daily Telegraph, do Reino Unido, que apostou na unificação para se destacar. Um app unificado possibilita ao assinante acompanhar notícias em tempo real, em um feed, mas também permite a leitura de edições diárias da publicação e seu acervo de edições anteriores. Em 2021, o Daily já ultrapassou a marca de 500 mil assinantes digitais.

Para essa realidade se repetir no Brasil, Aldo recomenda que players do mercado de notícias coloquem a necessidade de seus assinantes no centro do negócio. “O usuário precisa abrir o app e realizar suas ações com facilidade, encontrando rapidamente o que procura”, recomenda o CEO, sugerindo que publishers tenham um canal de comunicação aberto e apliquem pesquisas de satisfação, que podem ajudar o negócio acompanhar as mudanças nos ciclos de necessidades dos assinantes.

Para saber mais, basta acessar: https://materiais.robox.com.br/e-book-app-de-noticias

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