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Indústria têxtil e de confecção faturou R$ 194 bilhões no ano passado

por DINO
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A pandemia da Covid-19 impactou toda a economia do país, inclusive a indústria têxtil. As consequências disso foram percebidas principalmente durante o ano de 2020. As incertezas do mercado, a queda na produção e a escassez de matéria-prima causaram danos consideráveis ao setor. Além disso, o aumento do dólar e a consequente desvalorização do real contribuíram para o acréscimo no preço final para o consumidor.

Mas o ano de 2021 foi de recuperação, mesmo que tímida. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), a partir do portal Folha Vitória, a indústria têxtil e de confecção faturou R$ 194 bilhões entre janeiro e dezembro de 2021. Em comparativo com o ano anterior, 2021 teve crescimento de 12,1% na produção de insumos têxteis e de 15,1% nas confecções. Inclusive, o varejo de roupas também avançou 16,9%.

Outro impacto dessa recuperação, mesmo que parcial, foi em relação aos postos de trabalho. Foram criados 74 mil empregos formais ao longo dos 12 meses de 2021, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Mesmo com esses números, o setor ainda não conseguiu retomar os valores de 2019, ano que precedeu a pandemia.

Produção industrial avança 0,7% em fevereiro

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Apesar dos resultados animadores do setor têxtil, o quadro geral ainda não é promissor. Conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir do portal Exame, a produção industrial geral do país cresceu apenas 0,7% na passagem de janeiro para fevereiro de 2022. A alta não foi suficiente para superar a queda geral de 2,2% ocorrida entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. Em comparação com fevereiro do ano passado, houve retração de 4,3%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo Instituto.

Entre os bens de consumo, houve alta de 1,5% nos itens semi e não duráveis e de 0,5% nos duráveis. Os setores que mais sofreram quedas foram: impressão e reprodução de gravações (-13,5%); celulose e papel (-3,7%); e o de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3%). Em contrapartida, as áreas que tiveram destaque positivo foram: fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (12,5); de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (12,5%); fabricação de bebidas (6,1%); indústria extrativa (5,8%); e metalurgia (4,3%).

Apesar de não ser um dos setores com mais queda, a fabricação de produtos têxteis caiu 1,5% nesse período. A Abit, entidade que representa a indústria de confecção, já havia previsto que 2022 seria de forte desaceleração tanto de produção quanto de vendas para o setor. O cofundador da Charme do Detalhe, empresa líder em capa e protetor para sofá retrátil, afirma que, para garantir uma boa colocação no mercado têxtil neste ano, é necessário ter flexibilidade e agilidade para se adaptar a um cenário competitivo.

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