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Empresa fornece 5 dicas para o projeto de uma instalação fotovoltaica

por DINO
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A energia fotovoltaica, além de limpa e renovável, proporciona grande economia para quem investe nela. Segundo o engenheiro eletricista Hilton Moreno, que também é consultor técnico da IFC/COBRECOM, o ponto forte da energia solar é que ela pode gerar uma economia entre 50 e 95% na conta de luz, sendo que o investimento inicial para a instalação dos módulos fotovoltaicos e de todo o equipamento, acaba sendo pago ao longo dos anos pelo que foi economizado com a redução da conta.

Mas, para que todo sistema fotovoltaico funcione de forma eficiente e tenha o retorno do investimento inicial feito com a aquisição do equipamento, é fundamental tomar uma série de medidas como dimensionar corretamente todos os componentes da instalação, especificar fios e cabos indicados para esse tipo de instalação, contar com profissionais experientes, entre outros.

Para garantir o sucesso do projeto de uma instalação fotovoltaica, a IFC/COBRECOM dá 5 dicas.

Dica 1 – Dimensionamento correto

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Assim como no caso de um projeto elétrico de qualquer tipo de edifício, o incorreto dimensionamento da instalação fotovoltaica pode resultar em sérios problemas como, por exemplo, incêndios.

Entre os principais componentes de uma instalação fotovoltaica estão os módulos fotovoltaicos, os cabos fotovoltaicos, os dispositivos de proteção e seccionamento e as unidades de condicionamento de potência, como inversores, controladores de carga das baterias, entre outros.

De acordo com Hilton Moreno, os requisitos para o correto dimensionamento dos vários componentes de uma instalação fotovoltaica estão indicados na norma NBR 16690 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

“Tudo parte do dimensionamento da quantidade de módulos que será instalada, o que, por sua vez, depende da potência necessária a ser gerada em cada instalação. A partir daí, os módulos são agrupados em série e em paralelo, formando subarranjos e arranjos. Com isso, podem ser determinadas as tensões e correntes elétricas que servirão de base para dimensionar os cabos e dispositivos de proteção e seccionamento, além dos inversores, baterias (se for o caso), entre outros”, explica Moreno.

O profissional ainda revela que diversos problemas podem aparecer na instalação fotovoltaica caso o projeto ou a instalação não tenha sido elaborado corretamente.

Entre as principais adversidades está o mau contato dos condutores com os conectores, que, no pior caso, pode gerar situações de incêndios.

Dica 2 – A execução deve ser feita por profissionais especializados

Hilton Moreno reforça que o sistema fotovoltaico é similar a qualquer outra instalação elétrica, que deve ser projetada, instalada, operada, mantida e inspecionada unicamente por profissionais habilitados e qualificados, como engenheiros, tecnólogos e técnicos, cada um dentro dos seus limites de atribuições profissionais definidas por lei.

Também existem empresas especializadas no projeto, dimensionamento e execução do sistema fotovoltaico, seja ele residencial, comercial ou industrial. Porém, antes de contratar profissionais ou empresas para esse trabalho é preciso estar atento.

“Não há um sistema de certificação de empresas para atuar no ramo fotovoltaico. Isso implica que a escolha de uma empresa deve ser baseada em seu histórico e acervo de serviços nessa área, no perfil de seus profissionais responsáveis e em referências obtidas no mercado. Isso vale também para a contratação dos profissionais autônomos”, alerta Moreno.

Dica 3 – Cabos para instalações fotovoltaicas devem ter características específicas

Em qualquer sistema elétrico os condutores desempenham papel muito importante. Porém, é fundamental que esses cabos elétricos para finalidade fotovoltaica tenham características específicas e diferentes dos condutores que são geralmente utilizados nas instalações elétricas de baixa tensão.

Os cabos elétricos utilizados em instalações fotovoltaicas devem atender aos requisitos da Norma ABNT NBR 16612”, revela Hilton Moreno. 

Segundo ele, entre os principais requisitos exigidos pela NBR 16612 estão: os cabos para uso fotovoltaico devem ser adequados para operar em temperatura ambiente de – 15 º C até 90 º C com a máxima temperatura de operação para 120 º C por 20.000 h; o condutor deve ser de cobre estanhado, classe 5 de encordoamento; a isolação e a cobertura devem ser constituídas por uma ou mais camadas extrudadas de composto não halogenado termofixo.

Além disso, os cabos para instalações fotovoltaicas devem ter: cobertura nas cores preta (negativo) ou vermelha (positivo) e verde ou verde/amarela (condutor de proteção); marcação a cada 50 cm: Uso em Sistema Fotovoltaico; e devem ser resistentes à água e à radiação UV.

Dica 4 – Como determinar a seção nominal dos cabos? 

Hilton Moreno ressalta que o dimensionamento de um cabo fotovoltaico começa pela determinação da corrente elétrica que irá circular por ele, a chamada “corrente de projeto”.

Tal corrente é calculada em função do número de módulos em cada série, subarranjo e arranjo, além da necessidade ou não de proteção contra sobrecorrente dos módulos.

Em seguida, é definida a maneira de instalar desse cabo, temperatura ambiente, eventuais agrupamentos de vários circuitos em um mesmo conduto e o comprimento do circuito. 

Moreno ainda explica que os cabos fotovoltaicos são um dos componentes do sistema como um todo e, consequentemente, devem ser compatíveis com os demais elementos da instalação fotovoltaica, como os dispositivos de proteção e seccionamento, os conectores, entre outros.

Dica 5 – Manutenção preventiva e revisão da instalação

É fundamental para ter a instalação sempre em perfeitas condições de funcionamento e com alta eficiência de geração de energia; além de garantir a longeva vida útil de todos os seus componentes.

Entre as principais tarefas da manutenção preventiva estão a limpeza regular dos painéis solares (um bom período seria a cada seis meses) com o objetivo de remover a sujeira que possa impedir a passagem da radiação solar até as células fotovoltaicas; inspeção e reaperto de todas as conexões elétricas; vistoria de toda a instalação elétrica, incluindo as suas estruturas de fixação e aterramento; e checagem do estado de todos os componentes de proteção e chaveamento.

 

 

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