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O Imperador Contra-Ataca: Trump e Trumpismo agora e em 2024

John James Loomis*

por Central Press
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Como o segundo filme da trilogia clássica de Star Wars, o imperador retorna com vingança.
Trump, "imperador" do Partido Republicano, pode estar na mente dos eleitores republicanos,
mas certamente não está fora. Logo após a eleição presidencial no Brasil, haverá eleições nos
EUA para a Câmara dos Deputados e o Senado. O resultado das urnas é visto como um
referendo sobre o presidente Joe Biden e o controle democrata do governo. Historicamente, o
partido do presidente perde assentos em ambas as câmaras e, este ano, com controle
particularmente estreito de ambas, é provável que perca uma ou as duas câmaras do
Congresso. As eleições no meio de mandato e as primárias (ou seja, eleições de partido
político para decidir qual candidato representará o partido em uma eleição), que só ocorreram
na semana passada, também são testes para medir a influência do ex-presidente Donald
Trump no Partido Republicano e o que isso significa para as eleições presidenciais no pais, em
2024.
O Partido Republicano e o conservadorismo dos EUA evoluíram para um estreito partido
nacionalista branco que sofre com guerras culturais, em vez de propor políticas públicas
significativas. O que anima o Partido Republicano hoje em dia são pautas que incluem o
enfraquecimento das lutas contra o aborto, a separação da Igreja e do Estado, as leis anti-
LGBT, entre outras. Trump foi capaz de aproveitar esse poder para ganhar a Casa Branca em
2016 e sua marca política, o trumpismo, conquistou o Partido Republicano desde então. No
entanto, uma parte da mídia dos EUA começa a perceber que o domínio de Trump sobre o
partido está desmoronando.
Recentemente, houve sérias descobertas, e suas consequências, feitas pelo Comitê de 6 de
janeiro, que está investigando o ataque ao Capitólio dos EUA, no ano passado. As conclusões
mostram que Trump continuou a defender a mentira de que a eleição de 2020 foi roubada,
apesar de ter sido informado pelos próprios membros de sua equipe de que suas alegações
provavelmente eram falsas. O Comitê também já detalhou os planos que ele e parte de sua
equipe tinham para permanecer, de forma antidemocrática, no poder. Um deles era ter como
aliado o então vice-presidente Mike Pence, derrubando unilateralmente os resultados das
eleições. Além dessa bomba política, a mídia conservadora dos EUA, por exemplo, a Fox
News, tem mostrado menos Donald Trump e se voltado mais para outras histórias e figuras,
como o governador republicano Ron DeSantis, da Florida. No entanto, a Fox News entrou em
conflito com Trump durante as primárias republicanas de 2016, mas voltou à sua linha editorial
apenas porque começou a perder espectadores. Esses são apenas os mais recentes desafios
políticos enfrentados por Trump, mas ele sobreviveu a outros inúmeros escândalos antes disso,
entre eles, denúncias de agressão sexual antes e durante sua presidência, ter chamado os
supremacistas brancos de "pessoas muito boas" após confrontos em Charlottesville Virginial,

em 2017, acusações de acordos secretos com a Rússia, além de ser o único presidente dos
EUA a ter dois pedidos de impeachment aceitos pela Câmara(em 2019 e 2021).
Na semana passada, ambos os partidos realizaram primárias para eleições federais, estaduais
e locais. Os candidatos leais a Trump venceram em vários estados. O teste de lealdade ao ex-
presidente, a fim de ganhar seu endosso, exige dos candidatos republicanos total devoção ao
ex-presidente, e acima de qualquer princípio conservador tradicional e negação inflexível dos
resultados das eleições de 2020, vencida por Biden. Dado que os democratas entregaram
grandes somas de doações de campanha para os candidatos mais de direita, na esperança de
produzir adversários mais fáceis nas eleições de novembro, o forte desempenho dos
candidatos trumpistas comprova que o Partido República ainda está sob o domínio de Trump.
As pesquisas sobre as eleições de 2024 mostram Trump com mais de 20% à frente de
quaisquer outros desafiantes, como o governador Ron DeSantis, que emergiu como
republicano na forma trumpista. Claro, previsões muito antes da próxima eleição presidencial
podem favorecer qualquer candidato, mas a alma do Partido Republicano ainda se alinha
estreitamente com Trump e o trumpismo, mostrando que esta é a visão da população
majoritariamente branca que teme a mudança em um país cada vez mais diversificado, onde a
globalização tem perturbado cenários econômicos e social. O slogan da campanha de Trump,
"tornar a América grande novamente", é um chamado para um passado mítico perdido que ele
promete devolver aos EUA. Apesar das reflexões da mídia de que Trump está perdendo o
poder, é mais provável que ele mantenha seu controle sobre o poder e se volte contra
membros do Partido Republicano que não estão de acordo com suas visões e agendas de
mundo.
*John James Loomis, ex-empreiteiro do Departamento de Defesa dos EUA, com
experiência no Senado norte-americano, é professor de Relações Internacionais na
Universidade Positivo (UP).

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