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Mercado de design deve ter crescimento de 8% ao ano até 2025

por DINO
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Dados divulgados pela Abedesign, “Associação Brasileira de Empresas de Design”, mostram que, nos últimos quatro anos, o mercado de itens de design tem crescido cada vez mais no Brasil. Segundo a entidade, em 2019 o setor faturou cerca de R$ 14,5 bilhões; em 2020. 

Mesmo com os diversos desafios impostos pela pandemia de Covid-19, houve faturamento de R$ 15,3 bilhões, um crescimento de 5,6% com relação ao do ano anterior; em 2021, segundo ano da pandemia, o crescimento foi de 7,8% e o faturamento, de R$ 16,5 bilhões.

Em 2022, o setor movimentou R$ 17,8 bilhões, um valor 8,2% maior que o do ano anterior. De acordo com a previsão de um estudo realizado pela KPMG, organização global que presta serviços de auditoria e consultoria, o mercado de itens de design deve crescer a uma taxa média de 8% ao ano até 2025, quando seu faturamento deverá chegar a R$ 22,5 bilhões.

Para Marcelo Felmanas, sócio-proprietário da 6F Decorações, uma das principais importadoras do segmento moveleiro brasileiro, tal crescimento se deve ao fato de o consumidor de alta decoração estar sempre em busca de exclusividade, de peças únicas. “Além disso, cada vez mais empresas e consumidores estão reconhecendo a importância do design nacional e valorizando os produtos criados por designers brasileiros”, pontua.

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Pesquisas, de fato, apontam o segmento de decoração como um dos que mais têm contribuído nos últimos anos para a expansão desse mercado. Um estudo realizado pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) em parceria com o sistema antifraude para e-commerce Konduto constatou um aumento médio de 26,56% nas vendas on-line de móveis e itens de decoração entre 29 de março e 23 de maio de 2020. Além disso, pesquisa setorial realizada pelo instituto IEMI Inteligência de Mercado apontou alta de 4,65% nas vendas do varejo no setor de casa e decoração em 2020, atingindo um movimento de R$ 87,7 bi.

Segmento de decoração aquecido

Os dados mais recentes demonstram que o isolamento social imposto pela pandemia alterou alguns hábitos da população e fez aumentar os investimentos no lar. Segundo levantamento realizado pelo portal Cleanipedia, as pesquisas no Google pelo termo “como decorar a casa” tiveram um aumento de 40,6% entre março de 2020 e fevereiro de 2021, com relação ao mesmo período no ano anterior. Além disso, o relatório “Setores do e-commerce do Brasil”, divulgado pela agência de SEO e marketing digital Conversion, revelou que o comércio eletrônico no setor de casa e móveis cresceu 128% em abril de 2021.

O sócio-proprietário da 6F Decorações, Marcelo Felmanas, cita um levantamento da plataforma de e-commerce Nuvemshop que também confirma esse aquecimento. O levantamento apontou que, entre 2019 e 2021, o segmento de casa e decoração cresceu 300%. Felmanas acredita que os novos hábitos adquiridos pela população na pandemia vieram para ficar, e conta que, só em 2023, a empresa já registrou um crescimento de 30% no faturamento na comparação com o mesmo período do ano passado.

André Cepeda, CEO da Maiori Casa, importadora de tapetes manuais e industriais de diversas partes do mundo, compartilha do mesmo parecer. “Acreditamos que o olhar para dentro das casas manteve-se entre as pessoas como um legado. Por isso, o mercado de decoração no Brasil vive um momento de alta demanda e com forte valorização dos produtos de alta durabilidade e adaptados à vida moderna.”

Rahyja Afrange, arquiteta e designer, diretora criativa da Le Lis Casa, também se mostra otimista e considera que o mercado de decoração atualmente apresenta muitas oportunidades. “Hoje a oportunidade está no desenvolvimento de peças e coleções exclusivas que transmitam o propósito da marca”, avalia.

A importância da curadoria

A curadoria, dentro do segmento de decoração, constitui-se na pesquisa e na seleção de peças para compor uma coleção. “Ela é fundamental, e nos permite oferecer ao mercado objetos e produtos únicos e alinhados com as principais tendências internacionais”, afirma Marcelo Felmanas.

Ele destaca que o consumidor de alta decoração é exigente e leva em consideração, ao fazer escolhas, não apenas a qualidade dos produtos, mas também seu design, sua origem, sua história e sua singularidade. “Garimpamos móveis, porcelanas, cerâmicas e objetos decorativos únicos em nossas expedições de curadoria ao redor do mundo e estamos atentos às principais tendências mundiais de design e decoração.”

Para André Cepeda, a curadoria tem tanta relevância para o desenvolvimento de produtos e para as empresas quanto para um galerista de arte. O CEO da Maiori Casa afirma que o processo de desenvolvimento de um produto ou linha se inicia do mesmo modo que uma curadoria de arte. “Nossa equipe de desenvolvimento visita feiras e países que ditam as tendências mundiais do mercado de decoração e compartilha as referências com estúdios brasileiros. Estes, então, desenvolvem produtos combinando o conceito da marca com a ‘bossa’ brasileira.”

“As peças devem ser escolhidas de modo que reflitam a alma da marca”, avalia Rahyja Afrange. Para a diretora criativa da Le Lis Casa, é imprescindível que o curador conheça o propósito e os clientes da marca, bem como esteja conectado com o espírito do tempo e atento aos comportamentos. 

Para saber mais, basta acessar http://www.6f.com.br/

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