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Número de empresas que fecharam cresce 25% em 2023

por DINO
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O Brasil registrou, em 2023, mais de 2,1 milhões de negócios fechados. Trata-se de um aumento de 25,7% em comparação com 2022, segundo dados do Mapa de Empresas, boletim divulgado pelo Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

Apesar do crescimento no número de empresas que encerraram as atividades, o saldo do ano foi positivo, com uma diferença de mais de 1,7 milhão de novos negócios abertos em relação aos que fecharam.

Luciano Bravo, CEO da empresa Inteligência Comercial (especializada em captação de investimentos), ressalta a importância de boas práticas de gestão e de planejamento para que uma empresa não encerre suas atividades precocemente.

“A falta de planejamento sempre foi uma crítica forte da população. O erro sucessivo dos governos também é cometido por cidadãos e empresários. Precisamos romper com essa tradição ruim e entender de forma clara o resultado de nossas ações presentes, que serão espelhadas no futuro”, afirma, traçando um paralelo entre o setor público e o privado.

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Bravo usa ainda o exemplo da saúde: se a pessoa não tiver bons hábitos de alimentação e prática de atividades físicas, não terá uma vida saudável pela frente. O mesmo acontece nos negócios, explica.

“A boa gestão traz resultados de curto, médio e longo prazo de forma a ajustar o processo produtivo, financeiro e de qualidade da empresa. Desta forma, o empresário adapta, a cada momento, o curso de seu negócio, evitando perdas e dificuldades que fariam quebrá-lo”, acrescenta.

Ciclo PDCA

Ele diz que uma das melhores ferramentas que pode ser usada é o ciclo PDCA. Nessa sigla, originária do inglês, cada letra significa uma ação ‒ planejar, fazer, checar e agir, respectivamente, em tradução ao português. 

Com essa metodologia, uma empresa consegue pensar em soluções, colocar as novas ideias em prática, acompanhar sua implementação e, caso não esteja funcionando, readequar as ações. 

É o caso, por exemplo, de uma empresa de e-commerce que está registrando um alto número de desistências no momento de fechar a compra. Ou seja, o cliente seleciona o produto, mas desiste de comprar o item quando este já está no carrinho virtual. 

A gestão detecta o problema e desconfia que seja algo relacionado às opções de pagamento, que se resumem a Pix, cartão de débito ou parcelamento com juros no crédito.
Logo, nessa situação hipotética, pensa em uma alternativa (o P da sigla): oferecer a possibilidade de o cliente parcelar a compra sem juros, pelo mesmo valor cobrado à vista. 

Ao implantar a mudança (fase D), a empresa passa a monitorar periodicamente (C) se houve alguma diferença nas vendas com a nova opção de pagamento. Analisando os dados, torna-se capaz de avaliar a eficiência da medida ou tentar uma solução diferente (A).

Para Bravo, quem tem negócio próprio também não pode esquecer de outros cuidados igualmente importantes, como conhecer bem o setor no qual atua, recolher os tributos em dia, cortar despesas desnecessárias, manter-se atualizado com as tendências do mercado e não misturar gastos pessoais com os da empresa (algo comum principalmente em pequenos empreendimentos).

Para saber mais, basta acessar: https://inteligenciacomercial.com/

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