Home Cultura Representatividade feminina no franchising: 51% das franquias são gerenciadas por mulheres

Representatividade feminina no franchising: 51% das franquias são gerenciadas por mulheres

Conheça as histórias de três redes de sucesso fundadas e lideradas por empresárias para se inspirar

por Redação
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Um levantamento da Associação Brasileira de Franchising (ABF) mostra um crescimento na participação feminina no setor de franquias no Brasil, sendo 1/3 do setor liderado por mulheres. Comparando dados de 2015 a 2024, a pesquisa mostra que as mulheres agora representam 51% das colaboradoras nas redes franqueadoras e avançaram em posições de liderança. Em 2015, as mulheres ocupavam 19% dos cargos de alto escalão. Em 2024, o número saltou para 29%. O avanço é acima da média nacional em cargos de alta liderança feminina, que se mantém em 28%. E para encorajar a figura feminina no mundo dos negócios, no Mês da Mulher, intitulado assim por conta do Dia Internacional da Mulher (08/03), conheça redes fundadas e lideradas por empresárias brasileiras:

Steph Gomides, do Aiqfome

Em 2007, a gama de ferramentas para fazer um pedido de comida se resumia a um único canal: o telefone. E foi em meio a inúmeras ligações malsucedidas para fazer um pedido, somada a uma dose extra de fome, que os paranaenses Steph Gomides e Igor Remigio tiveram a ideia de desenvolver um site para facilitar essa jornada. Na época, o casal ganhava cerca de R$ 600,00 com serviços de freelancer com web designer. Batizado de aiqfome.com, o domínio reunia o cardápio online de diversos restaurantes de Maringá, no interior do Paraná. Além de ocupar o pioneirismo do seu mercado, hoje ele é o maior aplicativo de entregas do interior do Brasil e o 2° maior do país. Adquirido pelo Grupo Magalu em 2020 para atuar como uma vertical food do conglomerado, o negócio fechou o ano com de 2024 com faturamento de mais de R$2 BI.

“Essa sequência de episódios com pedidos de delivery aconteceu em 2001. Eu me lembro que isso despertou uma inquietação dentro de mim: deveria existir uma maneira mais fácil de pedir comida sem ser pelo telefone ou navegando de site em site para checar o cardápio dos restaurantes. O projeto, contudo, ficou adormecido até 2007, quando decidi retomar essa iniciativa. Na época, eu empreendia ao lado do Igor com uma agência que fazia pequenos serviços de audiovisual para restaurantes locais. No aiqfome nunca tivemos um investidor, então desenvolvemos o negócio do zero a quatro mãos e fomos reinvestindo todo o lucro adquirido”, relembra a empresária e fundadora do aiqfome, Steph Gomides.

Aiqfome

Fundado em 2007, o aiqfome é o maior aplicativo de delivery do interior do Brasil e o 2° maior do país. Em expansão pelo sistema de franquias desde 2012, ele oferece três formatos de microfranquias home based e que dispensam a contratação de funcionários. O investimento inicial para fazer parte da rede varia entre R$ 41 mil, para cidades com até 20 mil habitantes, e R$ 118 mil, para regiões com até 60 mil moradores. Neles, o franqueado do aiqfome opera como um representante comercial da sua cidade, prospectando novos comércios locais e ampliando a área de atuação do app. Idealizado pelo casal paranaense Steph Gomides e Igor Remigio, o aplicativo foi adquirido pelo Grupo Magalu em 2020 e integra a vertical food do conglomerado.

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Investimento inicial: a partir de R$ 41 mil
Faturamento mensal: em média R$60mil
Prazo de retorno: em média 18 meses

Victória Medeiros, da House Forneria

Após a pizza ser o produto mais consumido pela sua família, durante a pandemia, a carioca Victoria Medeiros decidiu fundar a House Forneria, em 2021, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, junto com seu marido, Thiago Quintas. O objetivo era oferecer uma pizzaria em conceito híbrido ainda não vista no Rio de Janeiro, que oferecesse a agilidade de entregas de uma dark kitchen com o investimento em ingredientes premium de uma pizzaria gourmet. Em um mercado do ramo do food service dominado por homens, Victória é uma das poucas mulheres em cena no mercado de pizza do Rio de Janeiro. Hoje, com cinco unidades no seu portfólio (Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Jacarepaguá, Tijuca e Copacabana), a rede investe através do sistema de franchising.

“Tínhamos uma brincadeira em casa onde fazíamos um ranking das melhores pizzarias do Rio de Janeiro, mas nunca chegávamos em um consenso, porque faltava algo, sabe? Uma marca tinha uma entrega ágil, mas a outra tinha uma massa mais leve, enquanto uma terceira tinha coberturas mais premium. Nosso objetivo foi unir tudo isso em um negócio só. Desde o começo, já pensamos em um conceito que pudesse ser formatado e facilmente replicado como franquia e com dois anos de marca, já temos a primeira franquia em operação e outras já negociadas ainda para o primeiro semestre”, conta Medeiros.

Modelo Delivery + Take Away
Investimento inicial: a partir de 220 mil
Faturamento médio mensal: R$150 mil
Prazo estimado de retorno: a partir de 24 meses

Vannessa Macena, da Mundo di Chocolate

À frente da Mundo di Chocolate, rede de franquias especializada em fondue express e outras sobremesas à base da guloseima, está a chocolatier Vannessa Macena. Em apenas dois anos e meio, a marca fundada em Joinville já conta com 50 unidades em oito estados diferentes e faturamento de R$ 9MM. Mas quem presencia o rápido crescimento do negócio não imagina que a empresária largou a carreira de nadadora profissional, ainda na juventude, para trabalhar com chocolate com o objetivo de pagar uma dívida. Foi no seu 1° emprego em um quiosque de chocolate em um shopping local, que ela foi fisgada pelo mundo da gastronomia.

“Minha história com o chocolate vem de família. Isso porque, quando meus pais se mudaram de São Bernardo do Campo (SP) para Joinville (SC) e decidiram empreender, investir em um quiosque de chocolate foi uma mera oportunidade. Na época, o shopping local onde estavam procurando ponto, comentou que faltava uma loja com doces e meu pai (Ivan Macena) decidiu desenvolver uma marca de chocolate. Logo, eu nasci e cresci ao redor desse universo. Na adolescência, fui nadadora profissional e achei que iria seguir nessa profissão, mas precisei trabalhar nos negócios da família para pagar uma dívida e acabei me apaixonando por esse universo. Hoje, 24 anos depois, meus pais estão divorciados e a sociedade foi desfeita, mas sigo em um caminho solo à frente da minha própria rede de franquias”, comenta a empresária e chocolatier Vannessa Macena, sócia fundadora da Mundo di Chocolate.

Modelo Quiosque
Investimento inicial: a partir de R$119 mil
Faturamento médio mensal: R$45 mil
Prazo estimado de retorno: a partir de 12 meses

Modelo Carrinho
Investimento inicial: a partir de R$69 mil
Faturamento médio mensal: R$30 mil
Prazo estimado de retorno: a partir de 12 meses

Luana Cabral , da Luah Semijóias

Após ser demitida em 2012 da joalheria Vivara onde era gerente em duas lojas, Luana Cabral encontrou uma luz no fim do túnel. Para abrir o seu próprio negócio, a tocantinense precisou usar o dinheiro da sua rescisão e vender o seu carro, no valor de R$ 26 mil, para dar os primeiros passos com a Luah Semijoias.
“Quando eu estava na joalheria, as lojas que eu gerenciava estavam sempre entre as TOP 10 de performance no ranking do Brasil, então é claro que a demissão me pegou desprevenida. Em paralelo a tudo o que estava acontecendo profissionalmente comigo no Maranhão, minha mãe empreendia como revendedora de semijoias desde a minha infância, em Tocantis. Logo, quando eu pensei em traçar meus próximos passos, empreender com semijoias foi o caminho mais obvio. Mas eu queria ir além do varejo, investindo em uma rede com revendedoras autônomas, formato que eu vi funcionar na minha família desde que eu era pequena e que incentivava outras mulheres”, conta Luana Cabral, socia fundadora da Luah Semijoias, rede de franquias especializada em lojas de acessórios banhados a ouro voltadas para o varejo e para revendas.

Hoje, a rede conta com dois formatos de negócios para os investidores: a microfranquia Home Office em que a franqueada começa trabalhando em casa e, após um ano, inaugura a sua loja; e o Premium, que já inicia a operação com uma loja física estrutura para atender o varejo e as revendedoras da região. “Nossa base de vendas está na revenda. Foi assim que começamos e mesmo hoje, mais de 10 anos depois, 85% do nosso faturamento ainda vem de nossas revendedoras. Temos mais de 2.000 parceiras no total. É uma forma de fazer o nosso negócio ir até a casa das pessoas. A Luah não precisa esperar que a consumidora vá até o shopping e entre na loja. As revendedoras buscam as novidades conosco e levam até as consumidoras finais”, explica a CEO da marca. Luana explica ainda que sempre entendeu a importância do senso de comunidade e que, desde o início do seu negócio, investiu em programas de recompensas para as revendedoras, o que acredita ser um dos segredos do sucesso.

Investimento inicial: a partir de R$ 120.000
Faturamento médio mensal: R$ 90.000
Tempo de retorno do investimento: de 9 a 15 meses

Sálua Bueno, a frente do Amélie Crêperie e Juliette Bistrô

Em 2014, quando decidiu investir no negócio gastronômico, com apenas 32 anos, a carioca reuniu todas as suas economias para abrir o Amélie Crêperie, no Shopping da Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A falta de experiência no setor, contudo, a fez gastar o dobro do previsto. Com os ajustes necessários, o bistrô francês começou a se tornar um negócio próspero, chegando a faturar R$200 mil/mês. Em 2016 veio a 2ª unidade, dessa vez no Barra Shopping, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um ano depois (2017), a marca expandia novamente, abrindo sua 2ª unidade na Zona Sul, no Botafogo Praia Shopping, e 3ª da rede. O negócio já era sustentável e estava em um bom ritmo quando veio a pandemia, em março de 2020. Com o decreto de lockdown, a rede ficou com o faturamento zerado por alguns meses até conseguir se reestruturar e operar por delivery. Além do apoio financeiro do Pronampe, o negócio ainda precisou de outros dois empréstimos para sobreviver nesse período, que somados chegaram à quantia de R$2MM.

Em 2021, a carioca recebeu um convite do Shopping Rio Design Leblon para tirar uma segunda ideia de negócio do papel: o Juliette Bistrô. A rede de bistrôs de gastronomia internacional oferece o mesmo conceito de charme acessível da sua marca mãe, mas com uma culinária mais diversa e um ambiente inspirado na arquitetura art déco de grandes cidades cosmopolitas. O projeto foi bem-sucedido, ganhando até uma 2ª unidade no Casa Shopping, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O Amélie Crêperie cresceu e se uniu ao Grupo Arcca, holding de franqueadoras multimarcas com forte DNA de tecnologia e gestão. O modelo de negócio de restaurante otimizado e compacto, requer um investimento inicial a partir de R$650 mil. O objetivo agora é expandir a marca para outros estados, como interior de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal.

Investimento inicial:a partir de R$650 mil(taxa de franquia R$ 80 mil)
Faturamento médio mensal:R$240 mil.
Previsão de retorno:24 a 36 meses.

Arlete Wolfram, do Porto do Sabor

Arlete Wolfram, começou a preparar lanches saudáveis na cozinha do seu apartamento, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, como opção de merenda para a escola das crianças. E o que começou com uma atitude de zelo pela saúde dos seus pequenos, em pouco tempo ganhou fama e adeptos no colégio. Assim nasceu o Porto do Sabor, rede especializada em refeições e lanches saudáveis, que conta com 37 unidades espalhadas pelo Rio de Janeiro. Hoje, mais de 25 anos depois do start despretensioso na casa de Arlete, o negócio segue familiar, sendo conduzido pela fundadora juntamente com seus filhos. E os planos da marca carioca seguem audaciosos rumo à expansão pelo sistema de franchising, com meta de fechar 50 unidades pelo estado do Rio. O empreendedorismo sempre esteve no DNA de Arlete. Nascida em São Paulo, a mãe da Arlete (D. Victoria Schindler) era dona de uma confecção e uma loja.

Enquanto não estava estudando, a Wolfman ajudava a sua mãe no dia a dia do negócio. Após o casamento, ela se mudou para o Rio de Janeiro e quis seguir com o legado de empreender da família, mas no ramo da alimentação.  Sonho que foi realizado em 1997, quando ela investiu R$ 150 mil na sua 1ª unidade do Porto do Sabor na Barra da Tijuca. A unidade tinha 40m² e ares de delicatessen. Mas o pulo do gato veio quando a empresária incluiu o açaí no cardápio. “Eu já tinha uma franquia de açaí e resolvi inserir essa opção de lanche no Porto do Sabor. Como era uma loja próxima a um colégio, o produto fez sucesso rapidamente e ganhou fama entre os alunos. Na época, minha mãe me ajudava no atendimento, então ficamos conhecidos como “o açaí da vovó”, lembra. Além do açaí, o sanduíche natural montado também foi destaque entre os estudantes. Hoje, a opção gelada é considerada carro-chefe da rede Porto do Sabor.

Investimento Inicial total: a partir de R$ 135 mil
Prazo estimado de retorno: 28 a 36 meses
Faturamento médio mensal: R$ 40 mil

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