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Após aumento da inflação, como fica o varejo em 2025

por DINO
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O varejo fechou o ano de 2024 com resultados positivos – 5,5% de crescimento de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Entretanto, a dúvida que surge entre analistas do mercado é se esse crescimento será sustentável em 2025, diante das estimativas de aumento da inflação e juros.

De um lado, o Governo investe pesadamente nos programas sociais de distribuição de renda. Do outro, o desequilíbrio fiscal pressiona o dólar, com aumento de aproximadamente 26% em 2024. Isso, somado ao aquecimento do consumo, eleva a inflação, que encerrou o ano de 2024 com percentual 4,71% acima do teto da meta de 4,50%.

“Para 2025, estima-se que a inflação atinja o patamar de 5,0%. Considerando este quadro, não tem restado outra alternativa ao Banco Central a não ser aumentar os juros”, explica Marcos Saad, sócio-fundador da MEC Malls, que idealiza e gerencia strip malls em todo o Brasil.

Segundo o executivo, o que mais preocupa o setor do varejo, neste momento, é que parte dele continua administrando as dívidas geradas desde a pandemia. Soma-se a isso o aumento da competitividade com o crescimento do e-commerce e do ambiente omnichannel, além do ingresso no nosso mercado de grandes players internacionais, principalmente asiáticos.

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“A consequência de todos esses movimentos para o varejo é que, agora, as margens estão muito pressionadas e impactam a capacidade do setor”, complementa Saad, que também é membro do Conselho da Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls).

Com estimativas do Boletim Focus de aumento da inflação e dos juros para 2025, em patamares de 14,75%, os desafios do varejo e das indústrias deve ser ainda maior, especialmente para quem convive com o aumento no valor de matéria-prima, principalmente as cotadas em dólar.

“Soma-se a isso a fuga do capital estrangeiro da nossa Bolsa de Valores, comprometendo o resultado de 2024 com uma perda de aproximadamente 10%. Nos últimos meses, mais de 20 bilhões de dólares deixaram o Brasil – e isso é algo preocupante”, completa Saad.

Apesar do cenário desafiador, segundo o executivo, com experiência de décadas no varejo nacional, é sempre tempo de enxergar crises como oportunidades, uma vez que o Brasil já se recuperou de crises passadas.

“Nosso país tem demonstrado resiliência e capacidade de recuperação importantes diante de crises passadas, liderado pelo agronegócio e pela força das commodities em geral. Acredito que sairemos mais fortes dessa”, conclui.

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