Home Notícias Corporativas Busca por vida saudável leva famílias a migrar para o campo

Busca por vida saudável leva famílias a migrar para o campo

por DINO
0 comentários

O êxodo rural, que pode ser definido como a migração massiva de pessoas do campo para as cidades, teve seu auge no Brasil entre os anos 1960 e 1980, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), quando o fenômeno contribuiu com quase 20% de toda a urbanização do país. Nos últimos anos, porém, tal migração em massa de pessoas para os centros urbanos desacelerou: em uma comparação com o Censo de 2000, quando a taxa de migração campo-cidade por ano era de 1,31%, a amostra realizada em 2010 registrou uma queda para 0,65% – os números consideraram as porcentagens em relação a toda a população brasileira.

Por outro lado, um fenômeno inverso tem sido registrado no país. Afinal, trocar a agitação e barulho da cidade pela tranquilidade e silêncio do interior é um caminho que interessa cada vez mais para famílias brasileiras. Conhecido como êxodo urbano, esse movimento ganhou força durante a pandemia e atrai pessoas que desejam um dia a dia mais simples e com hábitos mais saudáveis.

Segundo estudo da Datastore, em 2021, mais de 1,5 milhão de famílias tinham o desejo de migrar para o campo. Os entrevistados citaram o contato com natureza e ambiente tranquilo como os principais motivos para essa mudança.

“Esta movimentação vai no sentido inverso do que vinha acontecendo nos últimos anos, ou mesmo nas últimas décadas, com o já conhecido ‘êxodo rural’”, afirma Ulymar Ferreira da Rocha, engenheiro civil da Fazenda Raio de Luz. “Acredito que essa tendência de migração para o campo ocorre no momento em que as perspectivas de vida saudáveis ficaram totalmente inviáveis nos grandes centros”.

banner

Pandemia e novos hábitos

A Covid-19 afetou diretamente esse cenário êxodo urbano. Segundo pesquisa da Imovelweb, plataforma de anúncios imobiliários, em 2020, a busca por imóveis no interior aumentou 28% entre março e setembro. Em junho chegou a subir 60%, contra o mesmo mês de 2019. 

A pandemia gerou a necessidade de fuga de aglomerações e também a possibilidade de trabalho remoto. Não estar em grandes centros e trabalhar de qualquer lugar foi uma combinação que abriu os olhos para uma mudança de ares. 

“Uma característica desse movimento pode ser vista através da fundação de ecovilas por todo o Brasil e o mundo nas últimas décadas. E finalmente toma mais força com os eventos de controle populacional recentemente implantados sob as imposições de estados de emergências generalizadas, levando as pessoas ao completo isolamento”, complementa o engenheiro.

Desafios e benefícios

Apesar da busca por mais contato com a natureza, há alguns desafios. Mudar de estilo de vida requer paciência, resiliência e novos hábitos de consumo. “Os desafios são muitos. Se acostumar com menos informação diária, estabelecer um sustento e construir uma renda minimamente necessária, aprender a lidar com os novos elementos, a vida no campo e até mesmo a questão educacional aos filhos, com outros cenários de carreira e desenvolvimento pessoal”, alerta o engenheiro.

Dentre os principais benefícios da migração, Rocha enxerga uma facilidade maior em obter uma vida saudável, justamente pelo meio que se vive. “Ter acesso a uma água de qualidade já é um grande passo na melhoria da saúde física. Estando no campo, a atividade física e natural no dia a dia, aumentam a possibilidade de construir um estilo de vida autossustentável, de se ter um alimento orgânico”, diz. 

Neste sentido, o desenvolvimento de Sistemas Agroflorestais (SAFs) tem sido uma constante em áreas rurais do país, com milhares de iniciativas de agricultores familiares produzindo e restaurando ao mesmo tempo no país todo. Um sistema agroflorestal é uma forma de uso e ocupação do solo em que árvores são plantadas ou manejadas em associação com culturas agrícolas ou forrageiras. Trata-se, enfim, de um sistema em que o produtor planta e cultiva árvores e produtos agrícolas em uma mesma área, garantindo a melhora de aspectos ambientais e a produção de alimentos e madeira.

Há, ainda, segundo Ferreira, uma série de outros fatores a serem levados em consideração nesta mudança de estilo de vida, como o silêncio, o contato com a natureza, o banho solar, o “pé na terra” e o contato diário com a família por mais tempo. “Tudo isso contribui para a evolução da saúde física, mental, emocional e também espiritual”, conclui.

Para saber mais, basta acessar: www.fazendaraiodeluz.com 

Posts Relacionados

A riqueza do varejo brasileiro, as tendências, as melhores práticas do mercado você só encontraca na Negócio e Franquia, descubra tudo sobre FRANQUIAS, SHOPPING CENTERS, EMPREENDEDORISMO, GESTÃO, NEGÓCIOS, CULTURA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E CONHEÇA AS POLÍTICAS PÚBLICAS para o mundo dos negócios.

Copyright @2024 – Todos os Direitos Reservados. Desenvolvido por 77Prime Labs

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceitar Ler mais