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Captação de fundos para CVC exige que o profissional saiba se comunicar

por DINO
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O mercado de Corporate Venture Capital (CVC) tem crescido exponencialmente no Brasil (uma alta de 711% no número de fundos entre os anos de 2015 e 2021), apresentando grande oportunidade de desenvolvimento para startups. Isso ocorre pelo fato de que o CVC pode agregar, além do capital, inteligência de mercado, uma vez que possui uma corporação por trás que o suporta. 

Todavia, as startups ainda não mostram familiaridade com este modelo de investimento, de forma que muitas vezes apresentam dificuldades na comunicação com investidores estratégicos, sendo que a capacidade de comunicação se mostra uma das principais habilidades dos fundadores em captação de recursos.

A captação de recursos com investidores estratégicos pode ser um grande passo para startups em todos os estágios, visto que há alto ganho de inteligência com a entrada de um CVC. Quando tratam-se de startups no early stage, o benefício torna-se ainda maior, já que estas empresas ainda estão se constituindo e entendendo o mercado. Nesse sentido, principalmente no early stage, o empreendedor tem um papel crucial: sua principal habilidade deve ser sua capacidade de comunicação sobre seu produto.

“A comunicação é a principal habilidade para um bom time de fundadores, uma vez que, para ganho de escala e expansão da empresa, é necessária a venda da ideia e da proposta de valor. Para isso, é importante que o empreendedor consiga comunicar qual dor irá resolver e como solucioná-la”, esclarece Giovanna Fleury Leone, analista de investimentos da Valetec Capital, gestora de investimentos em participações. 

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Segundo Leone, o principal ator no processo de fundraising é o CEO (e/ou o founder), uma vez que ele será responsável pelo gerenciamento de toda a operação. “Ele será a ‘alma’ da empresa. Os investidores não estarão presentes no dia a dia [da empresa a receber o aporte], por isso, precisam acreditar e entender que ele será capaz para cumprir as suas funções e escalar a empresa”, afirma.

Para o profissional, é essencial que os fundadores consigam convencer que possuem uma boa solução, não só aos investidores, mas também aos clientes e apoiadores do projeto, para que, com isso, a startup consiga se destacar entre os competidores.

O que é o CVC

CVC é uma modalidade de aporte em startups e negócios tecnológicos, com potencial disruptivo. Esse financiamento vem direto de fundos de grandes corporações. Hoje, para fazer essa gestão, as empresas podem utilizar equipes internas, fazer a contratação da CVC as a service, ou ainda trabalhar com um modelo híbrido. Com o outsourcing, a empresa mira no retorno financeiro, sem atrapalhar o foco no core de seus negócios atuais.

De acordo com dados referentes aos Estados Unidos, presentes no relatório State of CVC, da plataforma CB Insights, esses investimentos movimentaram US$ 169 bilhões (o equivalente a R$ 870,5 bi) em 2021 – um crescimento de 142% em relação ao ano anterior. No Brasil, segundo a consultoria Bain & Company, o número de CVCs está crescendo rapidamente – mais de 30% ao ano. 

Atualmente, há 61 CVCs ativos e 13 em processo de criação. Os setores mais dinâmicos são os serviços financeiros, com 12 CVCs, e o setor de varejo/bens de consumo, com 10. Além disso, segundo o mesmo relatório, o número de negócios com participação desses fundos cresceu em média 19% ao ano de 2015 a 2021 no Brasil, superando os 12% de crescimento registrados nos Estados Unidos no mesmo período.

Como vender a ideia

É um momento de oportunidade para os empreendedores do nicho, que precisam não só passar a mensagem, mas transmiti-la da melhor forma. “É importante que além de saber comunicar a ideia e o plano de negócios, o time de fundadores tenha um bom planejamento estratégico e financeiro, podendo ‘vender’ a empresa para os investidores com argumentos bem fundamentados”, orienta o especialista.

Para ajudar os empreendedores, o CEO e fundador da Valetec, Peter Seiffert, criou um canal no youtube chamado Pergunte ao CVC , no qual tira dúvidas sobre a modalidade de investimento, sintetiza como a comunicação deve ser feita: 

– Linguagem pragmática, demonstrando que os empreendedores possuem conhecimento a respeito do mercado e da solução, além de todo planejamento estratégico da empresa.

– Linguagem “informal”, que demonstra como os empreendedores possuem conforto em conversar com investidores, de forma que estão dispostos a ensinar e aprender na conversa.

Em resumo: “Os empreendedores devem usar linguagem didática e acessível, fazendo com que qualquer pessoa possa entender o valor da solução. Contudo, é necessário estar preparado para perguntas técnicas que podem surgir em determinadas situações.”

Para saber mais, basta acessar: http://www.valetec.com.br/

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