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Com propriedades terapêuticas, água termal busca ganhar espaço no mercado

por DINO
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Utilizada pela população por suas propriedades terapêuticas desde os tempos do Império Romano, a água termal ainda busca ocupar um espaço de mais destaque no mercado brasileiro. Reconhecida pela população nos balneários, mas ainda pouco conhecida pelos benefícios como cosméticos, há  diversas localidades que possibilitam sua extração, entretanto, nem sempre é possível envasá-la, pois podem perder suas propriedades e até mesmo ficar inapropriada para o uso. 

As fontes termais, onde brotam águas quentes ricas em sais minerais, se formam a partir de dois tipos de aquecimento subterrâneo: geotermia ou vulcanização. No caso da geotermia, que abrange todas as fontes de águas termais no Brasil, a água da chuva penetra o solo, esquentando e ganhando pressão à medida que atinge maiores profundidades e entra em contato com rochas subterrâneas quentes. Ao encontrar brechas no solo, a água sobe em alta temperatura, formando as fontes termais. Além de quente, pelo fato de permanecerem tanto tempo em contato com as rochas subterrâneas antes de serem expelidas pelo fundo da terra, essa água é rica em sais minerais, como zinco, ferro, magnésio, potássio, cálcio, entre outros.

O uso terapêutico da água termal referendado por especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia, como as pesquisadoras Samanta Nunes e  Bhertha Miyuki Tamura, que desenvolveram o artigo “Revisão histórica das águas termais” para a revista científica Surgical & Cosmetic Dermatology. Além delas, diversos estudos acadêmicos sobre o tema têm sido publicados no Brasil e no exterior, sobretudo na França, onde o produto é usado em larga escala há décadas. 

Por sua composição rica em sais minerais, a água termal possui função antioxidante, tendo seu uso terapêutico direcionado, sobretudo, para os cuidados da pele. Além de possuir propriedades hidratantes e tonificantes, serve para aliviar coceiras e irritações cutâneas, e controlar a oleosidade. Seu uso também é associado ao tratamento de dermatites, rosácea, psoríase e queimaduras. 

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Já no campo da estética, é utilizado em tratamentos de limpeza de pele, microagulhamento, jato de plasma e CO2 fracionado – estes dois últimos são procedimentos abrasivos e algumas das águas termais podem ser ricas em zinco, o que é fundamental para aliviar o incômodo desses procedimentos e estimular a produção de colágeno e elastina. Já no campo dos maquiadores profissionais, a água termal é usada para preparar a pele para receber o produto, visto que reduz os poros e a oleosidade, bem como ajuda a fixar e prolongar o uso da maquiagem.

Ernesto Reis, CEO e fundador da Liotti Água Thermal, acredita que existe uma adesão cada vez maior pelo uso de água termal no país, mas ainda há muito o que avançar, com um grande mercado a ser explorado. “Muita coisa ainda precisa ser esclarecida sobre água termal no Brasil, o público em geral precisa ser informado sobre os benefícios para a saúde, principalmente pelo fato de que algumas pessoas costumam confundir a água micelar com a água termal”, afirma. “Até mesmo profissionais da beleza precisam saber mais sobre as águas termais, que trazem benefícios reais para a pele.”

A falta de conhecimento do produto pelo público e baixa publicidade do produto, segundo o executivo, ainda fazem com que a água termal não tenha ganhado tanto espaço, como ele acredita que deveria, no mercado. “Creio que é mais fácil vender um creme hidratante supercaro do que uma água termal que tenha o mesmo efeito. As pessoas tendem a acreditar em um creme, e água é só água na visão do público em geral”, diz Reis.

A fonte de água termal da Liotti em um sítio com 85 mil m² de Mata Atlântica preservada, entre os municípios de Peruíbe e Itariri, no estado de São Paulo, em uma região rica em diversidade geológica, sendo a extração da água realizada por meio de um poço semiartesiano com mais de 354 metros de profundidade – equivalente a um prédio de 118 andares. 

A empresa, que atua sob o formato de uma startup, firmou, recentemente, uma parceria com a ONG Jardim das Borboletas, localizada em Caculé, no sudoeste da Bahia, que trata de pacientes com Epidermólise Bolhosa (EB), doença não contagiosa de pele, de caráter genético e hereditário, que causa bolhas e feridas em traumas sofrido pela pele.

Para saber mais, basta acessar: https://www.liottithermal.com.br/

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