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Créditos liberados nos consórcios crescem e injetam R$ 65 bi

por DINO
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Os créditos concedidos nas contemplações, acumulados de janeiro a setembro deste ano, no Sistema de Consórcios, registraram crescimento de 28,9% sobre o mesmo período de 2022.

Foram injetados R$ 65,63 bilhões nos diversos segmentos de mercado onde a modalidade está presente, segundo levantamento da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. Anteriormente, a soma era de R$ 50,91 bilhões.

Nos mesmos meses, o volume de consorciados alcançados correspondeu a contemplação de 1,27 milhão de cotas e superou em 13,4% a marca de 1,12 milhão, anotada um ano antes.

Paralelamente, no mesmo período de janeiro a setembro, as adesões chegaram a 3,15 milhões de novos consorciados, contabilizando 6,8% mais que as 2,95 milhões comercializadas há um ano. As vendas movimentaram R$ 234,90 bilhões, 22,4% maior que os R$ 191,97 bilhões anteriores.

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Com a continuidade na ampliação dos participantes ativos, observou-se alta no valor do tíquete médio geral, mesmo com alguns setores apontando redução, especialmente em razão de o maior número de cotas comercializadas ter anotado valor abaixo das médias setoriais. O tíquete médio de setembro atingiu R$ 78,46 mil, 10,6% acima dos R$ 70,92 mil apurado naquele mês do ano passado.

Ao refletir sobre os fatores que estimularam a elevação nominal de 55,9% e a real de 18,2%, é possível deduzir que tem prevalecido um maior conhecimento do consumidor brasileiro sobre educação financeira, aplicado em conjunto com a gestão das finanças pessoais, à estabilidade da inflação mesmo com a ligeira alta de setembro. Acrescente-se também a gradativa redução da taxa de desemprego com o melhor aproveitamento do salário.

Por consequência, no curto prazo, o rendimento real deve se beneficiar da melhora da inflação e do reajuste real do salário mínimo, favorecendo a ampliação do poder de barganha dos trabalhadores, de acordo com recente estudo realizado pela Tendências – Consultoria Integrada. Foi apontado o crescimento de 6,2% na média salarial no segundo trimestre deste ano sobre o mesmo período de 2022, com a elevação de R$ 2.670,00 para R$ 2.836,00. O levantamento também projetou que, até o final do ano, a média geral dos salários deverá apresentar ligeiro avanço de 3,9%. Destaque-se que um dos fatores que explicam a demanda por consórcio é a renda, pois há uma correlação muito forte com essa variável e o aumento das vendas.

Em setembro, o total de participantes ativos voltou a bater novo recorde histórico ao atingir 9,96 milhões, 9,2% superior aos 9,12 milhões apontados no mesmo mês do ano passado. De janeiro de 2022 a setembro deste ano, a modalidade completou vinte e um meses de avanços constantes nos volumes de consorciados, aproximando-se dos dez milhões, com apenas uma retração em abril último, quando esteve em 9,44 milhões.

Presentes em todos os segmentos da economia brasileira como veículos automotores, que incluem veículos leves, motocicletas e veículos pesados, imóveis, serviços e eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, “o constante progresso do Sistema de Consórcios é explicado pelo aumento de opções feitas pelo consumidor brasileiro que, ao necessitar decidir quando da compra de bens ou contratação de serviços, planeja seu endividamento e cumprimento dos compromissos dentro do orçamento mensal, gerindo com inteligência suas finanças pessoais”, diz Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC. “As boas performances constatadas nos indicadores são resultados das atitudes dos consorciados que, com confiança e credibilidade, têm escolhido a modalidade, ano após ano, depois de avaliar e comparar custos e capacidade financeira para concretizar objetivos”, completa Rossi.

Em cada um dos setores, onde o mecanismo está presente, a somatória de cotas ativas esteve assim distribuída: 44,3% em veículos leves; 27,3% em motocicletas; 16,2% em imóveis; 7,5% em veículos pesados; 2,9% em eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 1,8% em serviços.

Depois de alguns anos, a modalidade passou a estar presente em outros setores como o de duas rodas que, somente nos nove meses iniciais de contemplações, apontaram a potencial aquisição de uma moto a cada duas comercializadas no mercado interno. No setor automotivo, a potencial presença esteve também em um a cada três veículos leves vendidos no país.

Um outro exemplo de participação pode ser verificado no mercado de veículos pesados, onde o mecanismo marcou quase uma a cada três comercializações de caminhões negociados para ampliação ou renovação de frotas do setor de transportes com destaque especial para utilização no agronegócio.

A forte presença dos consórcios na economia brasileira pode ser comprovada pelos totais de créditos concedidos. Nas liberações acumuladas de janeiro a setembro, o Sistema atingiu 38,2% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No de motocicletas, houve 46,1% de possível participação, e no de veículos pesados, a relação para caminhões foi de 35,9%, no período.

No segmento imobiliário, somente nos oito meses deste ano, as contemplações representaram potenciais 16,6% de participação no total de 404,60 mil imóveis financiados, incluindo os consórcios. Aproximadamente um imóvel a cada cinco comercializados.

Ao vivenciar novas situações, de janeiro a setembro, a economia brasileira tem voltado suas metas na consolidação e ampliação do desenvolvimento. O ajustamento de novas medidas aprovadas para controlar a dívida pública, acelerando o processo desinflacionário, vem contando com a expectativa e o esforço para a redução da taxa de juros básica, com vistas à geração do reaquecimento econômico.

 “Mês após mês, o balanço do Sistema de Consórcios tem mostrado o mesmo ritmo de crescimento”, diz Rossi. “Com a sequência positiva, os avanços sobre marcas passadas de adesões, tíquete médio, e consequentemente dos negócios realizados, independente da alta ou da baixa do percentual da taxa de juros, com destaque para os valores concedidos e injetados na economia por ocasião das contemplações, permitem acreditar em perspectivas otimistas para o final do ano”, justifica.

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