Home Notícias Corporativas Packseven e Gerdau põem grafeno em filme plástico inédito

Packseven e Gerdau põem grafeno em filme plástico inédito

por DINO
0 comentários

Uma das principais fornecedoras de embalagens plásticas flexíveis para grandes marcas de consumo no mercado brasileiro, a Packseven desenvolveu, junto com a Gerdau, o primeiro filme esticável (“stretch”) comercial do mundo que leva grafeno em sua composição. Considerado o “material do futuro”, mas ainda engatinhando comercialmente como aditivo potencializador de outros materiais, o grafeno é leve e ultrarresistente. Sua adição à formulação do plástico permitiu reduzir a espessura do filme de polietileno (PE), ao mesmo tempo em que dobrou a resistência.

Nos testes iniciais conduzidos por Packseven e Gerdau, o “stretch” com grafeno demonstrou capacidade de esticar sem se romper (estiramento) 120% maior do que a do filme comum. Além disso, por ser mais resistente, elevou a segurança da carga e possibilitou o consumo de volumes menores para embalar pallets.

A própria Gerdau está usando um filme plástico enriquecido com 1% de grafeno para embalar os pregos que fabrica, o que reduziu em 40% o volume de embalagens danificadas – as pontas dos pregos podem levar à perda da embalagem. Empresa do braço de novos negócios da siderúrgica (Gerdau Next), a Gerdau Graphene vem desenvolvendo diferentes soluções a partir do nanomaterial composto apenas de carbono e, recentemente, anunciou um acordo com a Sumitomo para distribuição de polímeros com grafeno no Japão.

A versão final do filme “stretch” turbinado, que está em fase de conclusão de testes, deve chegar ao mercado em até 60 dias, disse ao Valor o presidente da Packseven, Kléber Ávila. “O mercado de embalagens flexíveis é comoditizado. Com a adição de grafeno, o filme deixa de ser commodity e passa a ser o topo de linha”, afirmou o executivo.

banner

Segundo Ávila, a empresa segue analisando novas soluções de embalagens plásticas, inovadoras mas também com foco em circularidade. O lançamento de produtos e a entrada em novos mercados devem acelerar o crescimento das receitas da Packseven, que somaram cerca de R$ 500 milhões em 2022. Para este ano, a expectativa é de expansão de 20%.

Além do filme com grafeno – o “stretch” tradicional já era o carro-chefe em vendas da empresa -, a Packseven está se lançando em outro mercado, o de sacolas plásticas, com investimento de R$ 5 milhões. As conversas com grandes varejistas, potenciais clientes, já foram iniciadas.

“Queremos desmistificar o plástico”, disse Ávila, referindo-se ao status de vilão que o material de uso único tem mundialmente. Educação do consumidor e circularidade são palavras centrais nesse projeto e a meta da Packseven é ter, dentro de casa, o plástico reciclado pós-consumo (PCR), já utilizado em alguns produtos em proporções que variam de 20% a 30%. Desde janeiro, por exemplo, o grupo Heineken utiliza nas embalagens “shrink”, que agrupam latas da cerveja Devassa, o filme com 30% de conteúdo reciclado da Packseven.

Com duas unidades fabris, uma em Manaus (AM) e outra em Mogi Guaçu (SP), a Packseven importa 100% do polietileno que utiliza para produzir embalagens flexíveis. Para se proteger das oscilações da cotação da resina, atrelou seu preço de venda à referência Platts.

Matéria publicada originalmente no jornal Valor Econômico, em 19 de maio de 2023 – Por Stella Fontes

Posts Relacionados

A riqueza do varejo brasileiro, as tendências, as melhores práticas do mercado você só encontraca na Negócio e Franquia, descubra tudo sobre FRANQUIAS, SHOPPING CENTERS, EMPREENDEDORISMO, GESTÃO, NEGÓCIOS, CULTURA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E CONHEÇA AS POLÍTICAS PÚBLICAS para o mundo dos negócios.

Copyright @2024 – Todos os Direitos Reservados. Desenvolvido por 77Prime Labs

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceitar Ler mais