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Pesquisa da Vidalink aponta que 40% das mulheres têm dupla jornada de trabalho

por DINO
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Segundo dados da Vidalink, empresa de plano de benefícios de bem-estar corporativo do Brasil, cerca de 40% (39,44%) das mulheres têm dupla jornada (trabalha e cuida da casa), contra 24% dos homens. As preocupações entre as colaboradoras também são maiores: apenas 21% das mulheres se sentem tranquilas, felizes ou realizadas na maior parte do dia.

Para Luis González, CEO e cofundador da Vidalink, os resultados da pesquisa “Check-up de bem-estar 2023”, realizada com 8.900 colaboradores de 217 empresas, apontam como o bem-estar corporativo deve ser trabalhado sob a visão holística. Conforme os desafios de bem-estar identificados pelo levantamento da Vidalink, especialmente nas disparidades entre os gêneros, os programas de benefícios precisam ser adaptados conforme a realidade de cada colaborador.

“Ao estruturar projetos, ações ou contratar benefícios novos para seus colaboradores, é essencial lembrar que nem todas as pessoas têm o mesmo ponto de partida. A verdadeira jornada de cuidado começa quando reconhecemos as diferenças e nos comprometemos a apoiá-las, garantindo equidade de condições para todos”, declara Luis González.

As mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana devido à dupla jornada, que inclui tarefas domésticas e trabalho remunerado. Avaliando as atividades não remuneradas, mais de 90% das mulheres declararam realizar atividades domésticas; os homens, em torno de 50%, segundo dados do Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça realizado em 2023, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Apesar de a pesquisa da Vidalink demonstrar a maior preocupação das mulheres em cuidar da saúde mental, a dupla jornada de trabalho pode levar à negligência de outros pilares do cuidado com o bem-estar, como a prática de atividades físicas e a manutenção de uma alimentação saudável”, explica Luis.

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O assunto de sobrecarga na dupla jornada de trabalho levanta o conceito de pobreza de tempo: “Para além dos cuidados com a saúde, as preocupações em garantir a renda e cumprir todos os afazeres domésticos fazem com que pouco tempo seja investido no desenvolvimento pessoal. A empresa deve ser uma aliada em garantir que cada colaborador tenha oportunidades de se desenvolver no ambiente de trabalho por meio de treinamentos, cursos e ações culturais”, diz o executivo.

De acordo com o executivo, existem quatro fatores fundamentais para que as pessoas estejam plenamente satisfeitas com seu bem-estar:

  • Sentimento de realização e tranquilidade no dia a dia;
  • Boa percepção de sua rotina, com sono, alimentação e atividades físicas equilibrados;
  • Praticar exercícios físicos com frequência para saúde física e mental;
  • Não acumular, sem rede de apoio ou divisão de tarefas, rotina de trabalho dupla (trabalho remunerado e não remunerado).

Para que cada jornada de cuidado tenha resultados eficazes, refletidos na produtividade e no engajamento da equipe, a temática de bem-estar deve integrar a estratégia geral da companhia. “Ao se falar de bem-estar corporativo, é imprescindível assumir a responsabilidade pela construção de uma cultura organizacional mais justa, empática e positiva, o que traz benefícios tangíveis para a produtividade, o engajamento e a satisfação de toda a equipe”, finaliza Luis.

 

 

 

 

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