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Vendas na indústria de máquinas e equipamentos diminuem

por DINO
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A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou dados que apontam uma queda de 7,8% na receita líquida de vendas da indústria brasileira de máquinas e equipamentos em fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. O valor de venda registrado foi de R$ 21,76 bilhões, representando a nona queda consecutiva nesse setor. No acumulado do primeiro bimestre, o setor registrou uma queda de 7,1%. No entanto, em relação ao mês anterior, houve um aumento de 7%.

De acordo com a Abimaq, após uma queda de 2% em janeiro, o setor apresentou uma recuperação de 2,7% na ocupação da capacidade instalada em fevereiro, alcançando 77,6% de sua capacidade total. Apesar desta recuperação, a capacidade do setor ainda se encontra 2% abaixo do nível registrado em 2022 (79,2%).

Ainda segundo o relatório apresentado, no resultado das exportações, mais uma vez foi registrada uma quantia superior a US$ 1 bilhão em máquinas e equipamentos. Esses valores têm se tornado mais comuns, já que em 2022 houve oito meses com resultados semelhantes nas vendas para o exterior. Esse resultado evidencia o bom momento pelo qual passa o setor exportador de máquinas e equipamentos, algo que só foi observado anteriormente em 2012, com números tão expressivos. Esse movimento de crescimento não se restringe apenas aos valores monetários, mas também é evidenciado quando a quantidade de bens exportados é analisada.

Apesar do resultado de fevereiro na indústria de máquinas e equipamentos ter ficado abaixo em relação ao mês de fevereiro de 2022, o setor da construção civil, que está diretamente relacionado ao segmento de máquinas e equipamentos, as perspectivas para 2023 são positivas. Conforme informado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor projeta um crescimento de 2,5% neste ano. Essa estimativa considera o contínuo desenvolvimento do mercado nos últimos dois anos e a análise do ciclo de negócios em andamento no mercado imobiliário, que apresenta uma demanda habitacional sólida, de acordo com o informativo.

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O relatório também destaca o avanço significativo do setor da construção civil nos últimos dois anos (2021/2022), com um crescimento de 17,7%, comparado aos 8,2% de crescimento da economia nacional. Apenas nos 12 meses encerrados em setembro de 2022, a construção registrou um crescimento de 8,8%.

Ainda de acordo com a Abimaq, mesmo com a queda no faturamento nos primeiros dois meses, o setor registrou um aumento no número de contratações, com pouco mais de 4 mil novos funcionários. Houve um crescimento de 0,5% na força de trabalho em comparação com o mês de janeiro, totalizando 394 mil pessoas empregadas na indústria de máquinas e equipamentos.

A Abimaq destaca que este foi o segundo mês consecutivo de recuperação nas contratações, após uma queda no último trimestre do ano anterior. A associação afirma que contribuíram para esse aumento as indústrias de máquinas fornecedoras para o setor de bens de consumo duráveis e semiduráveis, construção civil e também infraestrutura.

Mesmo considerando o resultado do primeiro bimestre, as projeções para 2023 no setor de venda de máquinas e equipamentos para construção são otimistas. O estudo sobre o setor de aluguel e venda de equipamentos para construção civil, mostrou que o segmento vive momento de retomada e crescimento com potencial de aumento nas vendas em 2023. O  17º Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, realizado pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), estima que as vendas em 2023 terão uma elevação da ordem de 4% tanto para o segmento de máquinas da linha amarela como todo o setor de equipamentos para construção.

José Antônio Valente, diretor da empresa de aluguel de máquinas Trans Obra, afirma que o momento é de seguir o planejamento conforme as projeções positivas realizadas para 2023 para atender o setor da construção civil e que esse é um dos motivos que fizeram o número de contratações subir mesmo com o resultado de fevereiro ter ficado abaixo em comparação ao mesmo mês em 2022. “Devemos estar preparados para atender todo o setor, desde equipamentos e máquinas de grande porte até a venda e aluguel de betoneira, mangotes, bombas, máquinas de alisar e muitas outras necessárias para que o Brasil não pare de crescer e não tenha falta de máquinas e equipamentos para a indústria da construção civil e até mesmo no agronegócio”.

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