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A encruzilhada dos shoppings centers e franquias

A Perspectiva Provocativa do mercado futuro

por Ana Raquel Lelles
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A Encruzilhada dos Shoppings Centers e Franquias

Os shoppings centers estão em uma encruzilhada. Com apenas 20% das franqueadoras preparadas para operar no ambiente de shopping, a indústria de shopping está enfrentando um desafio sem precedentes. A situação é agravada pelo fato de que muitos empresários do setor de alimentação, foco dos empreendimentos atuais,  não têm recursos para abrir novas unidades, impactando negativamente a velocidade de transformação e adequação do novo conceito de shoppings.

No passado, os empreendimentos eram vistos como verdadeiros centros de compras. Hoje, as compras compõem um modelo de entretenimento, alimentação, lazer e diversão. O exemplo clássico foi o que aconteceu com a Starbucks, que abriu lojas em condições especiais, recebeu allowance em alguns empreendimentos e depois foi despejada por não cumprir os acordos firmados.

Imagem de StockSnap por Pixabay

Este incidente destaca um problema importante: Não há muita variedade para compor o mix de shoppings. As marcas não mudam, independentemente do shopping, você vai encontrar as mesmas marcas. Do outro lado, mesmo com mais de 3.000 franqueadoras no país, as franquias não estão se movimentando para criar modelos prontos e preparados para atuar nos shoppings. A conta não se equilibra e levanta a questão: como os shoppings vão sair dessa encruzilhada?

A resposta pode estar na disposição da indústria de shopping em inovar. É preciso criar espaços compartilhados e novos modelos de gestão de negócios. Afinal, pequenas empresas nem sempre são excelentes gestoras. Os shoppings precisam reconhecer isso e adaptar-se para atrair e reter operações de pequeno, médio e grande porte, além das franquias tradicionais.

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Um ponto que talvez venha fazer parte das discussões entre empreendedores, gestores e operadores de shoppings talvez seja a aceitação de formatos de lojas pop-up, não como modelos temporários, mas como um formato presente e com prazos longos, pode ser uma estratégia eficaz.

E o futuro até o papel do shopping pode ser transformado. Pensar no shopping como um grande acelerador de pequenos negócios em que o superintendente e sua equipe terão um papel muito mais importante de gerenciar o desejo dos visitantes, controlar e resolver os problemas do imóvel, da segurança e da operação, bem como a gestão das unidades que estiverem no modelo de pop-up pode ser o futuro.

“É um caminho diferente e com passagem só de ida que pode alterar a rota que parece levar para um vôo bem turbulento no futuro”, afirma Rodrigo Campelo Coordenador de especialização em Gestão de Franquias da PUC Minas.

A Encruzilhada dos Shoppings Centers e Franquias

Mario Quintanilha aponta que o processo já está claro e só falta agora começar a implantação cautelosa

Completando a afirmação de Campelo, o  CEO da MQ Malls Mario Quintanilha afirma que “estruturar modelos de lojas pop up é essencial para shoppings com vacância acima de percentuais acima de 7%”.

Mas o executivo ressalta que não dá para fazer para entrar na moda. “É preciso fazer cálculos e buscar caminhos para diminuir e diluir perdas, caso ocorram.  Mesmo diante de tantos desafios, a atitude mostra que o empreendimento está alinhado com o interesse de consumo da região e da cidade”, ressalta Quintanilha.

E não para por ai. Campelo dispara que  “é uma nova fase de aprendizado para os shoppings. Os superintendentes terão muito mais atividades do que as executadas atualmente, pois serão os responsáveis pelos resultados dos modelos de pop up com gestão feita pelo shopping“, reforça.

As regras que estão mudando

Os shoppings muitas vezes precisam fazer allowance para atrair novas marcas. No entanto, essa não é uma solução sustentável a longo prazo. Em vez disso, os shoppings precisam se reinventar. Eles precisam se tornar mais do que apenas um espaço para lojas; eles precisam se tornar um destino, um lugar onde as pessoas querem passar o tempo, não apenas fazer compras.

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Crianças e idosos são as projeções mais assertivas para os shoppings centers.
Imagem de bryandilts por Pixabay

Além disso, os shoppings precisam reconhecer que o futuro do varejo está no omnichannel.

As franquias que prosperarão no futuro serão aquelas que poderão oferecer uma experiência de compra integrada, combinando o melhor do online e do offline.

Os shoppings precisam facilitar isso, talvez fornecendo infraestrutura para facilitar a coleta e devolução de pedidos online, se tornando um hub de delivery, por exemplo.

O olhar atento que pode fazer toda diferença

No entanto, a mudança mais significativa que os shoppings precisam fazer é se adaptar às mudanças demográficas e comportamentais de seus clientes.

De acordo com uma pesquisa recente, os shoppings estão se transformando cada vez mais em centros de serviços, convivência e lazer. Isso inclui a criação de espaços de lazer para crianças e animais de estimação, bem como a realização de grandes eventos e exposições.

Além disso, o número de idosos no Brasil cresceu 57,4% em 12 anos, o que sugere uma demanda crescente por serviços e atividades voltadas para esse público nos shoppings.

Os espaços para os Pets e os desafios

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Imagem de denilson massahiro tamasiro massa por Pixabay

A gestão de espaços para animais de estimação tem sido um desafio para muitos shoppings.

Embora a presença de animais de estimação em shoppings seja uma tendência crescente, muitos shoppings têm lutado para criar experiências positivas para os animais de estimação e seus tutores.

Isso sugere que há uma oportunidade para os shoppings melhorarem sua gestão de espaços para animais de estimação e, assim, atrair um segmento de mercado cada vez maior de tutores de animais de estimação.

Para diminuir a dor de cabeça, o modelo talvez esteja em fugir totalmente da operação, terceirizar a gestão e ajustar com os administradores um espaço com seguro de responsabilidade civil para evitar que o nome do empreendimento seja colocado em situações delicadas por situações que podem ocorrer dentro desses espaços destinados aos pets.

A indústria de shopping está em uma encruzilhada o que está levando a uma grande transformação. Com lojas fechando e poucas oportunidades no mercado para compor o mix, os shoppings estão inovando para não arriscar com problemas irrelevantes.

A chave para o futuro , talvez possa estar em abraçar a mudança, adaptar-se às necessidades das franquias, dos novos modelos varejistas e, acima de tudo, colocar o cliente no centro de tudo. Afinal, sem clientes, não há negócios. E sem negócios, não há shoppings. A escolha é clara. A questão é: os shoppings estão prontos para fazer a escolha certa?

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