São Paulo, SP 26/11/2021 – Já é possível comprar ou vender um carro literalmente sem sair do sofá.
Na era da informação e da tecnologia, é cada vez mais difícil ignorar os avanços e transformações que tornam a rotina diária mais digital. Os compromissos mais comuns do dia a dia vão se adaptando a uma série de novidades tecnológicas e serviços disruptivos que têm surgido nos últimos anos, trazendo novas soluções para antigos desafios.
É assim, hoje em dia, com os bancos: as chamadas “fintechs” – startups de tecnologia voltadas para o setor de finanças – trouxeram inovações digitais ao setor e revolucionaram a indústria financeira. Uma infinidade de operações e transações pode ser realizada pelo smartphone, com muito mais praticidade, segurança e conveniência aos clientes dessas instituições que, só em 2020, cresceram 34%, segundo dados do Distrito Fintech Report.
Outros mercados também possuem suas “techs”: na área da saúde, as “healthtechs” ou “medtechs” estão propondo novas dinâmicas para os serviços hospitalares e planos de saúde; no setor agrícola, as “agritechs” já colhem os frutos do investimento em tecnologia no campo, revolucionando o sistema de plantio, melhoramento genético e gerenciamento de safras, entre outras muitas inovações.
E esse avanço das empresas de inovação no Brasil – que, segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups) cresceram 300% nos últimos 5 anos – já chega também ao mercado de veículos: são as “autotechs”, startups de tecnologia que estão reinventando a experiência de vender ou comprar um carro.
Tradicionalmente baseado em uma relação pessoal de confiança entre vendedor e comprador, o mercado automotivo sempre se baseou em negociações presenciais, que incluíam a avaliação in loco do veículo, tanto em concessionárias quanto na casa do proprietário, no caso dos carros usados.
Isso implicava em uma dificuldade que sempre marcou o setor: a complexa logística de visitas a lojas e estacionamentos de veículos, que exigia longos deslocamentos pela cidade e, claro, demandava tempo de todos os envolvidos. Além disso, existe ainda o quesito segurança: encontros marcados entre vendedor e comprador para realização de test-drives, em tempos de índices de criminalidade nas alturas, pedem sempre muita cautela.
São situações como essas que estão ganhando novas soluções com os serviços oferecidos pelas autotechs. Quase sempre, são opções baseadas em plataformas na web e uso de inteligência artificial, entre outras tecnologias que automatizam processos. Com um computador ou celular acessando a internet, os clientes já podem encontrar um pouco de tudo: avaliações de carros em tempo real via web, carros vendidos em até 24 horas em balcões de negócios virtuais, vídeos completos mostrando os automóveis para os interessados e, claro, automóveis para todos os tipos de gosto, de carros de luxo até modelos mais acessíveis.
“Para cada perfil de cliente, e para cada necessidade, já existe uma solução nesse mercado”, afirma Gustavo Braga, diretor da Carupi, uma startup do setor automotivo. Segundo o especialista, cada autotech tem seu próprio modelo de negócio, atuando como um elo entre vendedores e compradores e facilitando todo o processo através de operações digitais. “Já é possível comprar ou vender um carro literalmente sem sair do sofá”, pontua.
Toque humano ainda faz diferença
No entanto, aquele relacionamento pessoal valioso, típico da negociação de veículos, não ficou para trás com o advento da tecnologia. As autotechs investem em ferramentas de interação que facilitam a troca de informações e agilizam a comunicação ao longo de todas as etapas da negociação. O contato acontece, majoritariamente, com humanos, e não com robôs: há pessoas acompanhando todo o processo para desenrolar todos os possíveis problemas, desde laudos técnicos até documentos e formas de pagamento.
Assim como ocorre em outros setores, tanta tecnologia aplicada ao mercado de veículos se traduz em processos otimizados, mais conveniência e maior segurança para todos. Não à toa, essas empresas de inovação têm apresentado índices de crescimento expressivos, mês a mês, segundo Braga. “A transformação digital mudou o modo como as pessoas enxergam os serviços. Elas querem uma experiência pautada pelo padrão Netflix de praticidade, comodidade e qualidade. Essa demanda também chegou ao mercado automotivo, e as autotechs vieram preencher esse vazio”, conclui.
Website: https://carupi.com