Café é um bom negócio? Brasileiros têm o costume cultural de tomar café. Seja depois do almoço, seja assim que acordar. Quente, gelado, forte, fraco, com ou sem açúcar, puro ou com leite, não importa: a bebida está presente no dia-a-dia. Essa cultura se tornou uma forma de empreender, que são as cafeterias.
Este mercado existe há mais de 100 anos e está consolidado no Brasil, como conta o Christian Figueiredo, CEO da Mrs
. Black, uma rede de cafeterias mineiras. “A partir dos anos 2000, o modelo de cafeteria moderna vem se expandindo no Brasil, muito em decorrência da expansão do modelo mundialmente no que chamamos de 3º onda do café”, conta.
Segundo ele, o nosso país é o maior produtor de café do mundo e o segundo maior consumidor do grão, perdendo apenas para os Estados Unidos. A grande mudança no Brasil não foi a quantidade de consumo, e, sim, a qualidade. “De 15 anos para cá, o brasileiro tem aprendido a tomar café de mais qualidade, principalmente os cafés especiais que são encontrados nas melhores cafeterias”, pontua.
Café gelado
Os cafés gelados são a “nova moda” entre os jovens, principalmente com a onda Hallyu que popularizou costumes sul-coreanos no Brasil. Vira e mexe, aparece alguém com alguma receita ou um produto na mão em alguma foto nas redes sociais.
Apesar da recente popularização entre os brasileiros, os cafés gelados sempre fizeram parte dos cardápios das cafeterias. “É um produto que ajuda a alavancar as vendas em dias de muito calor. No Mr. Black Café, você encontra mais de 20 receitas de cafés gelados, como nosso Blackccino”, conta.
‘É pra todo mundo’
Este é um ponto muito interessante a ser analisado sobre as cafeterias: além de não ser uma moda passageira, também não é um mercado sazonal. Ou seja, no verão ou no inverno, pessoas de todas as idades vão querer tomar um cafezinho.
“Investir em uma franquia de cafeteria é um investimento seguro, pois o modelo é já testado, sem sofrer sazonalidades durante o ano e sem o risco de ser uma moda passageira”, explica Figueiredo de forma técnica.
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Em comparação, chocolaterias e sorveterias são investimentos que têm altas de vendas em épocas específicas do ano, mas não se mantêm no restante dos meses. “A cafeteria tem um movimento uniforme. Entre a maior e a menor venda, há uma diferença de só 30%”, afirma.
Ele completa que esse é um fator importante para empreendedores começarem a investir neste modelo de negócio. “É um faturamento mensal mais uniforme. Você consegue planejar a sua vida melhor”.
Além disso, o CEO da Mr. Black completa que não tem restrição financeira para consumir em uma cafeteria. “A maioria da população tem capacidade para tomar um café, comer um pão de queijo ou tomar um lanche”, afirma. Segundo ele, a média de valor é de R$ 22.
Na visão do empreendedor
“A cafeteria também é algo fácil de se gerir”, explica Figueiredo. No caso do Mrs. Black, a franquia tem a produção própria de produtos “exclusivos e artesanais”.
Além das cafeterias tradicionais que nós conhecemos, existe o modelo ‘To Go’, que “são operações mais simples e mais limitadas, servindo para locais de grande fluxo onde a pessoa deseja somente um café rápido”. Segundo Figueiredo, a dificuldade deste formato é a limitação do modelo de negócio e faturamento limitado.
Comidinhas
Nada melhor do que comidinhas para completar o café. Por isso, cafeterias investem em lanches, como bolos, pão de queijo, sanduíches, croissant, doces, broas, quiches, paninis, salgadinhos, como a amada coxinha, entre outros.
No caso da Mr. Black, a cafeteria também serve pratos executivos, o que pode ser um diferencial para a sua unidade no aeroporto ou shopping.
Conheça a Mr. Black
Com mais de 15 anos de experiência no mercado, a Mr. Black Café é uma franquia mineira de cafeterias. O principal diferencial da rede é a produção artesanal dos produtos. “Todos os nossos cafés são de fazendas de Minas Gerais e nossas comidinhas produzidas exclusivamente na nossa indústria de alimentos em Belo Horizonte”, conta Figueredo.
“Quando o cliente prova o nosso produto, ele vê que não é da mesma qualidade da concorrência, que trabalha com algo mais industrializado”, pontua. Figueiredo completa que não usa nenhum tipo de conservante nos alimentos e bebidas, somente o congelamento.
A técnica é ter a qualidade da comida alta para que o consumidor indique para algum amigo e, assim, cria-se uma rede. Outra forma de atrair a clientela é a arquitetura do local, que é moderna, e “chama a atenção das pessoas ao passarem na frente da loja”, e uma forte presença nas mídias digitais. 
“A atração de franqueados é feita através deste mesmo processo, grande parte dos nossos franqueados são clientes da marca que já conhecem nosso conceito e tem confiança no sucesso do negócio”, afirma.
Para os interessados que não são de BH, uma boa noticia: os produtos conseguem ser entregues para todo o lugar do Brasil. Ou seja, você pode abrir uma unidade do Mr. Black em qualquer cidade brasileira. “Nós damos todo o suporte ao franqueado. Temos uma transportadora para isso”, comenta.
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“Hoje, estamos focados na expansão da marca para todo o Brasil, principalmente em cidades polos”, disse. A mira agora é São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília e os municípios com mais de 100 mil habitantes em torno destas capitais.
A Mr. Black espera lucrar o dobro do ano passado neste ano. O CEO comenta que somente 4 lojas foram fechadas desde 2020. Em contrapartida, outras 19 unidades da franquia foram abertas. “O saldo é muito positivo, mesmo com o cenário de pandemia”, afirma.
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