Natal/RN 16/11/2021 – Pessoas perderam seus negócios e seus empregos na crise da Covid-19 e enfrentam problemas para honrar seus compromissos, situação que se reflete nos condomínios
Fontes do mercado indicam que a inadimplência condominial no Brasil é um problema presente. O Censo 2021 realizado pelo Portal SíndicoNet deu números a esse quadro, ao apontar recentemente que 20,5% das pessoas residentes em sistema de condomínio admitiram ter problemas para pagar suas taxas regularmente, desde o surgimento da Covid-19. Esse quadro, no entanto, acabou gerando por outro lado oportunidades para fintechs especializadas ganharem espaço, oferecendo soluções para os condomínios enfrentarem as dificuldades econômicas.
Com novas opções de crédito e serviços facilitados a partir da automação de procedimentos, as startups financeiras acenam com linhas de financiamento específicas e facilitadas para o segmento condominial. Disponibilizam ainda processos mais desburocratizados e ágeis, em comparação com bancos tradicionais.
Para o diretor da startup Orendapay, Kennedy Diógenes, há no momento uma forte demanda por esses serviços. “Verificamos a necessidade de disponibilizar soluções para simplificar a vida financeira dos condomínios, criando uma proposta de fluxo de recursos que permitisse aos síndicos planejar melhor suas contas e ao mesmo tempo sanar problemas decorrentes da inadimplência e até de outras necessidades urgentes”, explica o executivo da fintech sediada em Natal (RN).
Uma das alternativas mais indicadas por Kennedy Diógenes para dar fôlego extra a condomínios em crise financeira é a antecipação de recebíveis. “Os síndicos contam com essa opção para a recuperação das finanças que administram. Ainda mais na atualidade, em que muitas pessoas perderam seus negócios e seus empregos na crise da Covid-19 e enfrentam problemas para honrar seus compromissos, situação que se reflete nos condomínios”, destaca ele.
Nos tribunais
O gestor da Orendapay indica ainda que a disponibilização de alternativas para a resolução das questões financeiras evita conflitos entre condomínios e moradores, sobretudo na esfera judicial. Este é outro efeito colateral da crise no segmento. O Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP) revelou recentemente ter registrado, em agosto passado, um aumento de 6,7% nas ações apresentadas por condomínios por falta de pagamento das taxas administrativas. O dado é tido como um termômetro para todo o país.
Kennedy Diógenes, porém, mostra-se otimista quanto ao futuro próximo. Sobretudo porque considera que a inadimplência é um problema que não interessa a ninguém alimentar. Nem ao condomínio, que fica sem poder manter o cumprimento de suas responsabilidades, nem ao morador, que fica sujeito a sanções que em último caso podem levá-lo a perder seu imóvel para cobrir a dívida, observa ele. “Em resumo, o acúmulo de dívida condominial prejudica a todos. É um inquilino com o qual ninguém quer contar e que pode ser despejado com o crédito facilitado das fintechs”, complementa.
Website: http://www.orendapay.com.br