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Dark Store é o novo varejo

entenda esta nova forma de empreender e por onde começar

por Ana Raquel Lelles
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Dark Store é o novo varejo

“Pede um Zé aí”. Se você está em uma festa em casa ou encontro de amigos, você já deve ter ouvido esta expressão que faz referência ao aplicativo ‘Zé Delivery’, que entrega bebidas nas principais capitais brasileiras. A empresa consiste no modelo ‘Dark Store’ de funcionamento, no qual eles têm uma local para armazenar os produtos que não é aberto para o público e somente os entregadores e donos têm acesso.

Esta forma de funcionamento se popularizou durante a pandemia da COVID-19, na qual muitas lojas e restaurantes precisaram ficar fechados para o público e se readaptar à “nova realidade”. No segmento alimentício, há as “dark kitchens”, que são as cozinhas da “dark store”. Ou seja, é uma cozinha do restaurante que não é aberta para o público e é focada somente no delivery.

“É quando os restaurantes concentram as suas operações, a sua logística em uma cozinha de produção. E essa cozinha de produção na verdade não é uma loja: não é aberta ao público. Tudo é feito através de entregas, de delivery”, define a chefe consultora de alimentação, Lide Barbosa.

“Antes da pandemia, a gente não chamava de Dark kitchen. A gente já via algumas cozinhas compartilhadas. Mas, eu não conhecia muitos restaurantes que tinham as suas próprias cozinhas para este modelo de dark”, explica.

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Segundo Barbosa, o que está sendo mais comum é os empreendedores terem os restaurantes ou lojas conceitos em um ponto fixo e outras darks (seja store ou kitchen) espalhadas pela cidade. “Assim você consegue operar em vários lugares diferentes da mesma cidade”.

O principal lucro para o dono do empreendimento é conseguir eliminar gastos, como área de atendimento e salão, que existem no restaurante ou loja conceito. Outro ponto é que o empreendedor pode escolher um ponto mais barato para comprar ou alugar, assim os lucros serão maiores.

No caso do Zé Delivery, eles são um aplicativo que funciona em forma de franquia em todo o Brasil. Em BH é bastante popular entre os jovens por trabalhar com cervejas e outras bebidas alcoólicas que chegam mais rápidas do que outros serviços de entrega e por um preço mais em conta.

Por onde começar?

Barbosa explica que, muitas vezes, os empreendedores começam com uma loja conceito em um ponto e se fixam naquele local para conseguir um cliente. O segundo passo é expandir o negócio com as darks e o marketing digital.

Depois, o dono do empreendimento vai precisar de uma ponte entre o cliente e o restaurante para fazer os pedidos, como um aplicativo. Barbosa sugere começar pelo iFood e, em seguida, consolidar um público e, por fim, criar um próprio aplicativo.

Na medida que sua clientela for crescendo e se expandindo pela cidade, você e sua loja também vão através das darks.

Ou seja o caminho é o seguinte:

Abertura da loja conceito em um ponto estratégico > criação de um perfil digital > consolidação da clientela e nome > investimento em delivery > expansão em dark store.

Durante a entrevista ao Negócio e Franquia, Barbosa contou que, hoje em dia, sempre que monta um restaurante para um cliente, já pensa no conceito da Dark Store.

Adaptações necessárias

A consultora alerta que pode ser necessário que você tenha que fazer adaptações no seu cardápio ou nos seus produtos disponíveis para facilitar a praticidade da Dark. Como foi o caso do restaurante Allma, no Rio de Janeiro, que tem um cardápio extenso, com entradas, sanduíches, bolos, saladas, pratos principais e sobremesas.

 

Na dark, eles atuam com operações menores: saladas, sanduíches e sobremesas. “Assim é menos custo de investimento para vocês estarem em outros locais também”, completa.

Comunicação é a base do negócio

Dark Store é o novo varejoPara uma ‘Dark Store’ funcionar, a comunicação com o cliente tem que ser muito bem feita, principalmente no ambiente digital. Barbosa explica que, como você perde o contato cara-a-cara, é necessário que tudo seja muito bem conversado.

Então, procure entender porque o seu cliente não gostou de tal pedido, ou mande uma mensagem perguntando se estava tudo ‘ok’. Faça-o sentir parte do seu negócio, faça-o sentir especial, já que para ele também é investimento financeiro. Dessa forma, ele sempre vai voltar.

“É preciso ter uma comunicação digital muito afinada junto ao Market Place digital, isso será um diferencial. Também faz uma grande diferença contar a história daquele produto que tem por trás, né? A gente usa muito o Instagram e o site também”, afirma.

Desafios

Para a chefe consultora, um dos principais desafios é escolher pessoas que consigam entregar o produto da forma adequada ao cliente. “Muitas vezes você recebe uma reclamação no Whatsapp e vê que o produto não saiu daquela forma do restaurante”, comenta.

Os entregadores, apesar de alguns empreendedores preferirem contratar por CLT, podem ser freelancer. Barbosa pontua a dificuldade de encontrar profissionais qualificados nesta área, apesar das conversas.

Dark Store é o novo varejo“Todo cliente tem medo de contratar motoqueiro, porque tem um monte de coisa, acidente. Mas, por exemplo, o restaurante Allma já opta por cara de bike, porque tem tudo a ver com propósito do negócio. Então, a gente explica, conversa sobre a maneira da entrega porque tem alguns produtos que precisam de cuidado para quando eles viajarem. É para garantir que essa entrega seja muito bem feita”, comentou.

Segundo ela, quando você conversa e treina um profissional, assim você o contrata para CLT. Mas, no caso do restaurante citado na reportagem, ainda não foi o caso.

Forma de investimento

Também tem empreendimentos focados em aberturas de ‘dark store’ e ‘dark kitchen’ para restaurantes. Em Belo Horizonte, por exemplo, você pode entrar em contato com a Órion Cloud Kitchens, que é um sistema de aluguéis de cozinhas no Bairro Savassi, um dos principais para culinária, lazer e turismo na capital mineira.

No total, o Órion tem 22 tipos de cozinhas e áreas para melhor atender o empreendedor. ” A principal ideia, é o empreendedor se preocupar apenas na qualidade de seus produtos, enquanto a Orion oferece estrutura, softwares inteligentes para captura de clientes, logística e marketing estratégico”, escreveram no site oficial.

Dark Store é o novo varejo

Além deles, Kitchen Central também tem espaços em BH para Dark Kitchen e Dark Store. Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília são outras cidades de atuação. “Fornecemos cozinhas comerciais em locais estratégicos, aliando facilidade operacional e tecnologia de ponta para garantir o sucesso de nossos parceiros”, define a empresa no site oficial.

A Kitchen Central e a Órion Cloud Kitchens têm maneiras diferentes de trabalhar que devem ser consultadas no site. A reportagem do Negócio e Franquia orienta que você entre em contato com as empresas ou uma consultora para te ajudar na fundação da sua ‘Dark Kitchen’.

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