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Dia dos Rios visa conscientizar sobre sua importância social e ambiental

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São Paulo -SP 23/11/2021 – Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o país detentor da maior disponibilidade hídrica do planeta.

No dia 24 de novembro é celebrado o Dia dos Rios. A data foi instituída para alertar sobre a preservação de água, conservação dos rios e proteção dos recursos hídricos. “Fonte de água doce, os mananciais e rios são de extrema importância para a existência de vida nos mais variados ecossistemas”, enfatiza Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

A água nem sempre esteve presente na terra em sua forma líquida, sólida e ou de vapor. Nos processos de formação da terra, os vulcões emitiram grandes quantidades de gases tais como nitrogênio, gás carbônico, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, metano, vapor d´água e outros. Essas emissões formaram a atmosfera.

A água em seu estado líquido começou a se acumular na superfície, originando os oceanos primitivos com altas concentrações de sais. Com a chuva houve o escorrimento, erosão das rochas, transporte de partículas e acúmulo nas depressões. A infiltração através da superfície formou as águas de subsolo. Com a emersão dos continentes formaram-se as lagoas, rios, pântanos e os primeiros organismos vivos. A quantidade de água na terra é estimada entre 1,4 a 1,5 bilhão de km³ e tem permanecido constante durante os últimos 500 milhões de anos.

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O Relatório da Rede WWF, 10 rios em risco, detalha a ameaça representada por barragens hidrelétricas planejadas para rios icônicos em todo o mundo, desde grandes rios tropicais biodiversos, como o Tapajós, Irrawaddy, Mekong e Sepik, até o último glacial de fluxo livre nos Alpes, o Isel. Dois desses dez rios ficam no Brasil: o Tapajós e a bacia do Alto Rio Paraguai. O primeiro é um dos maiores afluentes de fluxo livre da Amazônia, respondendo por cerca de 6% da água em toda a bacia. Ele sustenta diversas comunidades, bem como uma biodiversidade extraordinariamente rica. Mas é considerado uma das melhores oportunidades restantes para geração de energia hidrelétrica. Por isso, estão planejadas 42 barragens na bacia, incluindo uma série de cinco barragens que compõem o enorme complexo hidrelétrico do rio Tapajós. Se todas essas barragens fossem construídas, as consequências ambientais e sociais seriam desastrosas.

A Bacia do Alto Rio Paraguai é composta por vários rios que fornecem água para a maior área úmida tropical do mundo, o Pantanal. Este Patrimônio Mundial já sofreu uma queda alarmante das águas superficiais (retração de 74% na parte brasileira da superfície coberta por água do Pantanal segundo Map Biomas). Hoje, existem 57 usinas em operação na Bacia do Alto Paraguai, embora pequenas, seu impacto cumulativo altera significativamente os ciclos naturais do rio. Estão planejadas mais 80 hidrelétricas que, se construídas, mudarão 40% do fluxo das águas do bioma. “Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é o país detentor da maior disponibilidade hídrica do planeta, com cerca de 12% do deflúvio médio mundial”, relata Vininha F. Carvalho.

A Amazônia é o bioma brasileiro com a maior área coberta por água, com mais de 10,6 milhões de hectares. O segundo é a Mata Atlântica com mais de 2,1 milhões de hectares, segundo dados do MapBiomas. “Entretanto, os danos sofridos nesses ecossistemas nas últimas décadas, sobretudo na Floresta Amazônica, afetam diretamente a formação e a dinâmica dos chamados rios voadores (sem florestas, não há chuva)”, diz Fabiana Prado, coordenadora do projeto LIRA (Legado integrado da Região Amazônica).

Estudo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) mostra que a expansão urbana desordenada da população de baixa renda na macrometrópole paulista alcança áreas de preservação ambiental, ameaçando o abastecimento de água. Do total de 33 milhões de habitantes da região pesquisada, 3,8 milhões vivem em condições precárias. Essa população está distribuída em 113 dos 174 municípios que englobam as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, Baixada Santista, Sorocaba, Vale do Paraíba e Litoral Norte, além das aglomerações urbanas de Jundiaí, Piracicaba e Bragança Paulista.

O Brasil é responsável por despejar de 70 a 190 mil toneladas de resíduos plásticos nos oceanos todos os anos e, apesar de ter instituído a Política Nacional de Resíduos Sólidos em 2010, quase nenhum dos objetivos de reciclagem foi atingido dentro das metas estipuladas.

“Projetos de curto e de longo prazo, para corrigir estes problemas de falta de respeito com os rios, permitirá transformar nossa imensa riqueza hídrica em fator de desenvolvimento e vida de qualidade”, conclui Vininha F. Carvalho.

Website: https://www.revistaecotour.news

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