São Paulo – SP 13/9/2021 – A propagação de fungos ocorre em fases do ano com muita umidade, como no outono e inverno, em que a umidade é associada a pouca ventilação dentro de ambientes.
Atualmente, de acordo com os números divulgados pela Federação Brasileira dos Hospitais e reafirmado pela OMS em julho de 2021, as doenças respiratórias têm atingido 25% da população mundial, e só no Brasil, as alergias afetam 30% da população. A publicação também aponta que em média 25% dos brasileiros tem incidência para rinite alérgica.
De acordo com pesquisa realizada pela Organização Mundial da Alergia (WAO), 40% dos casos de rinite alérgica está relacionada ao mofo. O estudo também revelou que a rinite alérgica perene (causada pela exposição frequente de alérgenos inalados em ambientes internos) é predominante na América do Sul, Ásia, África e Austrália.
Ainda, segundo o estudo, as associações entre mofo e asma, rinoconjuntivite, tosse e catarro são mais evidentes em crianças do que em adolescentes, principalmente quando a exposição ocorre no início da vida. A pesquisa revelou que ao evitar o contato precoce com o mofo, se diminui os riscos de desenvolver rinite.
Algumas pessoas são mais sensíveis à exposição ao mofo do que outras, devido à vulnerabilidade genética, mas estes microrganismos são prejudiciais a todos devido às micotoxinas (substâncias tóxicas) que ficam suspensas no ar na presença de fungos que causam o mofo. A pesquisa também encontrou relação entre a exposição à umidade e o mofo no início da vida e o risco subsequente do desenvolvimento de asma, sibilo, tosse e a piora do quadro da doença já diagnosticada.
Outro importante órgão, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), divulgou uma pesquisa que relevou que crianças que vivem em lares com mofo têm três vezes mais chances de desenvolver asma.
Além disso, em 2020, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) identificaram um aumento expressivo nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que pode ser definida como um conjunto de sintomas e sinais ocasionados por vários fatores diferentes, dentre eles, os fungos. Em 2021, a fundação também notou uma tendência de crescimento nos casos da síndrome em Fortaleza.
Os fungos, apesar de muitas vezes invisíveis, estão por toda a parte, inclusive dentro de casa. O pneumologista Camilo Faoro, especialista do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, comenta sobre os riscos do mofo à saúde e como fazer para prevenir. Ele relata que os fungos prejudicam o sistema respiratório, principalmente de pessoas portadoras de alergias, tanto de via aérea superior, causando a famosa rinite, quanto de via aérea superior, como a asma. “Não se trata de ser imune aos fungos ou outros microbiotas. Todos têm um sistema de defesa do organismo, contudo, os problemas respiratórios são causados pela alergia a estes germes”, explica o médico.
A exposição prolongada ao mofo pode, inclusive, desenvolver pneumonite de hipersensibilidade, síndrome constituída por tosse, fadiga e dispneia, que pode se tornar crônica e afetar permanentemente os pulmões. “A propagação de fungos ocorre em fases do ano com muita umidade, sobretudo no outono e inverno, em que a umidade é associada a pouca ventilação dentro de ambientes”, aponta Faoro.
De acordo com a pesquisa da WAO, os fungos mais comuns que causam mofo nas residências são da espécie Aspergillius e Penicillium. No ambiente doméstico, o odor de mofo é notado, por exemplo, quando se abre um guarda-roupa, pelo cheiro forte de “coisa guardada”, e a causa é o excesso de umidade. O mofo em casa também é responsável por danificar itens, roupas, calçados, peças de couro e também móveis, estofados e até mesmo partes da casa como teto e paredes, que vão ficando escuras e manchadas. No litoral, o problema se agrava por conta da maresia e o cuidado deve ser redobrado para evitar a perda de móveis, eletrônicos e eletrodomésticos.
A forma mais eficaz de manter o ambiente longe da ação dos fungos causadores do mofo, é o controle sobre a umidade com equipamentos adequados. É preciso que a umidade se mantenha entre 50% e 60% para garantia de conforto e qualidade do ar, conforme indica a Organização Mundial da Saúde (OMS) como sendo ideal para o ser humano. O relatório “O Impacto Global da Doença Respiratória”, publicado pela OMS, também recomenda a reparação da umidade e do mofo como formas de prevenção de alérgenos em ambientes internos.
Com isso, evita-se também que imóveis sofram problemas estruturais. Além do mau cheiro, a presença de fungos, como é o caso do bolor e do mofo, também é responsável por desencadear crises de doenças do trato respiratório, como rinite, sinusite, bronquite e asma, que em certos casos chega até mesmo a ser fatal.
O alergista Simonides Carriço vinculado ao Ministério da Saúde, informa os cuidados para evitar a proliferação de mofo em casa. “Você deve deixar entrar sol, se possível na casa, primeira coisa. Se possível também colocar um desumidificador, isso tem que ser de acordo com a metragem da residência.”
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