São Paulo, SP 26/10/2021 – Quando uma empresa, instituição ou negócio jurídico adotam sólidas regras e normas internas, isso pode evitar danos morais e/ou materiais e de imagem.
Não é novidade que o trabalho remoto é uma tendência ditada pela pandemia da Covid-19 que veio para ficar. A medida tem amplo apoio de colaboradores, como mostrou pesquisa da consultoria Robert Half realizada em julho deste ano. Pelo menos 61% dos entrevistados disseram estar satisfeitos trabalhando em casa. A tendência também foi bem recebida por gestores e executivos, que aprovaram o modelo ainda em 2020, segundo mostrou levantamento da Fundação Instituto de Administração (FIA).
Equipes trabalhando a partir de diferentes lugares podem demandar um reforço das condutas e processos das empresas relacionadas à compliance e à governança corporativa. As organizações que até então não tinham estruturado esses setores, não podem mais adiar essa tarefa. É o que aconselha a advogada Claudia Zeglio, da Zeglio Advogados Associados e com experiência de mais de 20 anos em assessoria jurídica para grandes corporações.
Ela explica que algumas empresas notaram, com a adoção do home office, um crescimento de demandas jurídicas geradas pelo surgimento de novos mercados e formas diferentes de relacionamentos sociais, o que exigiu o desenvolvimento e aplicação de normas e procedimentos, muitas delas relacionadas à internet e tecnologia. “Essas situações geraram uma necessidade imperiosa e harmoniosa entre os conceitos de governança corporativa e compliance. Tanto que, quando um incidente ocorre, podemos notar o diferencial de quem adota regramentos gerais e possui governança corporativa ou o não”, atesta.
Zeglio enfatiza que a criação e o desenvolvimento de boas práticas, além de servir como parâmetro para a gerência de administradores de instituições, líderes e colaboradores, também facilita a atuação em todos os ramos das empresas. “Essa precaução reduz custos e aumenta a produtividade das empresas de forma efetiva, o que é fundamental para desenvolver uma organização saudável e bem vista pela sociedade”, complementa.
Compliance está presentes em 80% de grandes empresas de capital fechado
O compliance tem como propósito reforçar a transparência da empresa e de suas atividades, além de reduzir possíveis riscos de descumprimentos, por meio de procedimentos, garantindo a conformidade com as leis, normas e políticas de boas práticas. A definição e observância de práticas anticorrupção, por exemplo, são responsabilidade desse setor.
Já a governança corporativa complementa essas medidas, já que tem como base a garantia da confiabilidade para todos os grupos presentes em uma organização, priorizando os pilares da transparência das informações, da igualdade, da prestação de contas e da responsabilidade corporativa. É um dos pilares da sigla em voga nas corporações atualmente, o ESG, aliada das práticas de meio ambiente (ou environmental da sigla em inglês) e de cuidado com as pessoas (social).
Uma pesquisa do Panorama dos Programas de Compliance em Empresas de Capital Fechado do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) revelou que 80% das companhias brasileiras de capital fechado possuem um profissional que se dedica a tratar das questões relacionadas ao compliance, o que demonstra a importância que esse setor tem.
Para a advogada Claudia Zeglio, para que os resultados sejam efetivos, além do compliance bem organizado, o investimento em uma governança corporativa robusta também é importante. “Quando uma empresa, instituição ou negócio jurídico adotam sólidas regras e normas internas, isso pode evitar danos morais e/ou materiais e de imagem e assim, se resguardam de possíveis ações incorretas ou ilícitas por parte de seus colaboradores”, conclui.
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