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Franquias de cafeterias atraem investidores

No país dos amantes do café, cafeterias inovam para atender uma demanda crescente

por Redação
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O café faz parte da rotina do brasileiro e, em 2024, o país consumiu quase 22 milhões de sacas de 60 quilos da bebida. Essa quantidade equivale a aproximadamente 131 bilhões de xícaras ao longo do ano, ou 1,77 xícara de café por dia para cada brasileiro. Com esse mercado aquecido, as franquias de cafeterias vêm ganhando espaço e se consolidando como uma opção promissora para empreendedores.

O setor de food service, que inclui as cafeterias, registrou um crescimento superior a 16% em 2024, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Esse avanço reflete não apenas o hábito do brasileiro de consumir café diariamente, mas também a diversificação dos serviços oferecidos nesses estabelecimentos.

Segundo a consultoria Euromonitor, o Brasil conta atualmente com cerca de 3,5 mil cafeterias. O modelo de negócio é versátil e pode ser encontrado em shoppings, ruas movimentadas, aeroportos, faculdades e até mesmo em condomínios e espaços corporativos.

Mr. Black Café cresce em diversos estados

Entre as franquias em expansão, um exemplo é a Mr. Black Café Gourmet. Fundada em Belo Horizonte, a marca está presente em seis estados e se destaca por oferecer mais de 40 receitas com café, além de um cardápio com salgados e doces diversos. Para investidores interessados, a Mr. Black Café disponibiliza diferentes formatos de operação, como quiosques, lojas de rua, unidades em shopping centers e espaços corporativos. O investimento inicial parte de R$ 157 mil, com faturamento mensal podendo chegar a R$ 75 mil.

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“O mercado de cafeterias está em franca expansão nacional, com o aumento de consumo de café dos brasileiros e criando a cultura do consumo de cafés de qualidade nas cafeterias especializadas”, conta o CEO da marca, Cristian Soares Figueiredo. Para ele, o setor de alimentação é um dos mais estáveis no universo das franquias, e as cafeterias se destacam ainda mais pelo valor relativamente baixo dos produtos. O empresário defende que, por isso, o negócio pode se manter mesmo em tempos de crise.

Hoje, a marca conta com 36 unidades: 5 lojas próprias e 31 franqueadas. Um diferencial da Mr. Black Café, segundo Figueiredo, é a qualidade dos grãos utilizados em seus produtos. “A torra do café é feita artesanalmente e por demanda, levando um café sempre fresco as nossas lojas, no ápice do aroma e sabor. Trabalhamos somente com cafés especiais que são pontuados entre 84 e 86 pontos na tabela SCA (Specialty Coffee Association)”, explica ele.

Cafeterias inovam e consquistam os brasileiros

Apesar do crescimento acelerado do setor, algumas redes de cafeterias enfrentaram desafios nos últimos anos. A rápida expansão de modelos com investimento reduzido, como as mini-cafeterias com foco no conceito “to go” – onde o cliente compra e leva o café para consumir em outro local –, gerou uma onda de inaugurações. Contudo, algumas dessas marcas registraram um número significativo de fechamentos, levantando questionamentos sobre a saturação do mercado.

Especialistas, no entanto, descartam a possibilidade de uma bolha no segmento. Para Mikaely Correa, analista da Euromonitor, o mercado está passando por um “momento de acomodação natural no pós-pandemia, já que os ritmos de vida social e as rotinas de trabalho estão normalizados”. Durante os anos de pandemia, o modelo “to go” se tornou atrativo, pois permitia que os consumidores evitassem aglomerações, mas, em 2024, o foco do setor voltou-se para criar espaços de socialização nas cafeterias.

Além disso, marcas internacionais começam a enxergar o Brasil como um mercado promissor. A colombiana Juan Valdez, considerada a Starbucks da Colômbia, planeja abrir sua primeira loja no país em breve. A Krispy Kreme, rede americana de donuts que também vende grande volume de bebidas cafeinadas, é outra que está de olho no mercado brasileiro. Enquanto isso, a Starbucks, busca reverter os desafios financeiros que levaram a empresa a entrar em recuperação judicial no país.

Cafeterias nacionais ou internacionais: qual o melhor investimento?

O Brasil é um dos maiores produtores de café do mundo, e muitos franqueados acabam optando por marcas nacionais que valorizam o produto local. Redes como a Mr. Black Café Gourmet se destacam justamente por oferecer blends exclusivos de grãos brasileiros, além de um cardápio adaptado ao paladar do consumidor nacional. Essa proximidade com a produção e o público torna as franquias nacionais atraentes para quem deseja investir em um modelo consolidado e com menor dependência de insumos importados.

Por outro lado, as franquias internacionais trazem diferenciais estratégicos. Marcas como Starbucks e Juan Valdez apostam em um branding forte e na experiência diferenciada para o consumidor, criando um apelo premium que conquista um público disposto a pagar mais por uma experiência única. Além disso, a expertise dessas redes na padronização dos processos e na gestão de grandes operações pode ser uma vantagem para investidores que buscam um modelo já testado em diferentes mercados.

No final das contas, tanto as franquias nacionais quanto as internacionais oferecem oportunidades promissoras, e a escolha ideal dependerá do perfil do investidor e do público-alvo que deseja atingir.

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