31/3/2022 – A saúde bucal deve ser levada a sério para que quadros da doença não evoluam para casos piores
Por ocasião da mais recente celebração do Dia Mundial da Saúde Bucal, que ocorreu no dia 20 de março, a população foi convidada a se atentar aos devidos cuidados que devem ser direcionados à saúde da boca, questão essa que, no Brasil, foi e continua sendo fomentadora de discussões relevantes.
Em 2019, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizou a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), tendo por objetivo descrever o cenário de saúde bucal no Brasil no momento da pesquisa. Esse estudo aferiu que os principais motivos que levaram os brasileiros a se consultar com um dentista, até a data da entrevista, foram “limpeza, prevenção ou revisão” e “tratamento dentário, como obturação e canal”.
Somando-se às questões que levariam pacientes ao consultório, de acordo com a ABHA (Associação Brasileira de Halitose), cerca de 30% da população do país, um total de aproximadamente 50 milhões de pessoas, sofre com o mau hálito, problema denominado como halitose. A associação afirma que aqueles que lidam com a questão devem ficar atentos, pois a ocorrência da halitose pode ser um indicativo da existência de algum outro problema de saúde.
Assuntos relacionados aos cuidados com saúde bucal no Brasil são de importância geral, visto a discrepância de acesso a cuidados adequados pela população do país. Conforme levantamento feito pelo IBGE em 2019 e divulgado no final de 2021, dentre os 209,6 milhões de brasileiros entrevistados, 26,7 milhões (13%) tinham um plano de saúde de assistência odontológica e 183 milhões (87%) não tinham acesso à odontologia suplementar.
Sobre a comemoração voltada a saúde oral, Cláudia Starling, PhD em odontologia e qualificada em halitose, afirma que “o Dia Mundial da Saúde Bucal é uma das datas mais importantes para alertar sobre os cuidados contra o mau-hálito e os tratamentos para halitose”, reforçando que “a saúde bucal deve ser levada a sério para que quadros da doença não evoluam para casos piores”.
O cuidado com a saúde bucal, com atenção mais específica à halitose, envolve atenção tanto a aspectos físicos quanto emocionais, devido a possibilidade de queda de autoestima, possibilidade de traumas e insegurança, conforme aponta a ABHA.
Para identificação da origem do mau hálito, a Doutora Cláudia Starling aponta que existem dois tipos de halitose: a halitose fisiológica em que, durante o sono, há uma redução na produção de saliva, o que ocasiona o apodrecimento das células epiteliais que permanecem retidas na boca; e a halitose provocada por medicamentos, que é causada por alguns medicamentos que alteram o paladar, deixando o hálito ruim.
Como forma de prevenção do mau hálito, a Doutora reforça a necessidade de: escovar os dentes após as refeições; evitar consumir alho ou cebola crua; beber água ao longo do dia; usar fio dental; escovar a língua; utilizar enxaguantes bucais e consultar o dentista regularmente.
“Estas são algumas medidas para todos, e devem também ser aplicadas por pacientes que já estão em tratamento com profissional qualificado ”, finaliza a Dra. Cláudia Starling.
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