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Inadimplência em alta traz alerta para risco do consumo exagerado no fim de ano

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São Paulo 14/12/2021 –

De acordo com dados divulgados pela Associação Nacional dos Bureaus de Crédito, em outubro, o Brasil contava com 63,4 milhões de inadimplentes, sendo que bancos e cartões de crédito figuravam na liderança do ranking das contas em aberto. Esse contingente de inadimplentes indica que os consumidores brasileiros precisam redobrar a atenção aos gastos, principalmente porque as projeções dos economistas para o próximo ano apontam para um cenário de pressão inflacionária e desafios econômicos. 

No entanto, neste fim de ano, depois de quase dois anos de pandemia, as vitrines e lojas apostam alto nas novidades para chamar a atenção dos consumidores. Assim, é preciso ficar alerta para evitar as armadilhas do consumo exagerado e do uso do crédito de forma indiscriminada para garantir um 2022 tranquilo. 

“O crédito pode ser um instrumento de bem-estar, mas o acesso facilitado, sem levar em conta os princípios da educação financeira, tende a gerar um consumo maior do que o necessário, contribuindo para a inadimplência e o superendividamento”, pontua Elias Sfeir, presidente da ANBC. 

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“De acordo com um levantamento conduzido pelo setor de birôs de crédito, mais da metade dos entrevistados afirmaram que costumam comprar de maneira parcelada sem controlar atentamente os gastos. Desta forma, é preciso tomar alguns cuidados para usar o crédito como um aliado sem transformá-lo em um inimigo a longo prazo”, completa o executivo. 

Algumas orientações relacionadas pela Associação Nacional dos Bureaus de Crédito podem ajudar a manter uma relação saudável com o crédito em 2022. 

A primeira delas é conhecer e compreender as reais necessidades do momento. Desta forma, antes de solicitar qualquer tipo de crédito, é importante fazer um diagnóstico realista da própria situação, confrontando na ponta do lápis os ganhos, as despesas correntes e outros compromissos já assumidos.

“Outro ponto importante é entender as modalidades, já que são várias e cada uma com um custo e uma finalidade associada. O crédito consignado, por exemplo, pode ser uma opção de menor custo para trabalhadores formais. Já o cheque especial cobra taxas de juros bem mais elevadas, devendo ser utilizado apenas em caso de última necessidade e quitado o quanto antes”, aponta Sfeir.

Assim como na hora de escolher um bem ou serviço, pesquisar as melhores condições também se aplica ao contexto do crédito, com o custo representado pelas tarifas e taxa de juros. Decidido pela contratação, o consumidor deve analisar qual é a oferta mais favorável. Hoje, essa tarefa é facilitada pelos “marketplaces” de crédito, plataformas on-line onde é possível comparar as opções de diversas modalidades e instituições.

O futuro, de acordo com Sfeir, tem de estar sempre em mente. Se o parcelamento durar meses ou anos, é preciso ter clareza de que os próximos orçamentos ficarão comprometidos ao longo de meses ou anos. “Também é importante avaliar a segurança com relação à principal fonte de renda, ponderando se existe algum risco relevante de que a renda venha a cair nos próximos meses”, finaliza.  

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