Depois de acumular uma dívida de mais de 64 milhões de reais, e a queda no faturamento por causa da pandemia, a Le Postiche entra em recuperação judicial. A empresa é especializada em malas, bolsas e mochilas.
A recuperação judicial é uma ferramenta jurídica para ajudar a empresa a colocar em dias suas dívidas, uma espécie de CTI EMPRESARIAL, em que a operação fica sob todos os cuidados contábeis e jurídicos. Os shoppings fechados o turismo em queda e fechamento de escolas também foram responsáveis pela queda no faturamento.
No processo de reestruturação, que começou ano passado, a Le Postiche começou a ajustar seu tamanho: 37 lojas em shopping centers foram fechadas. a empresa afirmou que todas essas unidades já não tinham rentabilidade mesmo antes do início da crise. Mais enxuta, agora Le Postiche conta com 45 lojas próprias e 98 franquias, entretanto cabe dizer que esse número de pontos franqueados já chegou a ser de 200.
Os planos da empresa agora é na transformação digital para atender ao novo consumo. a estratégia de abertura de lojas será focada em movimento para ajudar na criação de vendas dentro das lojas.
A história da Le Postiche
A Le Postiche começa em 1960, no auge da moda brasileira. Os sócios do Antoine Cabeleireiro – famoso salão de beleza em São Paulo – criam a fábrica AAA Ind. e Com. LTDA, especializada em criação de perucas. Em pouco tempo, a fábrica passou a empregar 500 funcionários. Em 1967, passa a fazer parte do quadro de funcionários da fábrica, Álvaro Restaino – filho de Antônio Restaino, sócio da empresa. Ainda naquele ano, os empresários criaram ao lado do salão de beleza, a loja da Le Postiche com o objetivo de vender perucas, acessório importante na moda brasileira.
No início da década, no ano de 1970, Álvaro Restaino se torna sócio da fábrica de perucas. Porém, alguns anos depois, percebe-se que o uso da peruca está caindo e neste momento a empresa muda de foco de atuação. Passa então a vender bolsas de couro para o mercado exterior.
Depois de um tempo de bons negócios, as empresas brasileiras exportadoras mudam as vendas para o mercado interno, devido a uma sobretaxa imposta pelo governo norte-americano, entretanto, a Le Postiche, muda o alvo e começa a vender jaquetas de couro.
Em 1978, Álvaro e Antônio deixam a sociedade da fábrica de perucas, ficando com a marca e a loja anexa ao salão de beleza. No mesmo ano, inauguram a loja na Alameda dos Maracatins. Um marco na história da empresa. Em 1980 são inauguradas lojas na Zona Sul e em outras regiões de São Paulo. Os destaques são os pontos de venda dos Shoppings Ibirapuera, Morumbi e Center Norte. A empresa passa a anunciar em emissoras de televisão e no rádio. A ação gera boa aceitação pelo consumidor.
No formato joint venture, a Le Postiche inaugura suas primeiras lojas fora da Capital Paulista. Cidades como São José do Rio Preto, Rio de Janeiro, Campinas, Curitiba e Sorocaba recebem a marca pela primeira vez.
No começo da década de 1990, o modelo de negócio passa a ser o de franquia. A primeira loja neste formato é na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. Em uma reestruturação interna, a rede é dividida entre os sócios, que passam a ser franqueados da própria marca.
Na mesma época, entram para a administração das lojas da família Restaino, Alessandra e Fabiana, filhas de Álvaro Restaino. Técnicas de vendas, padronização na forma de atendimento, melhoria da disposição das lojas e um novo conceito de padrão arquitetônico são algumas das ações que passam a fazer parte da Le Postiche.
Após a mudança no formato de gestão, os antigos sócios da rede própria voltam a se unir. Em 1998, após a cisão, a marca Le Postiche passa a ser definitivamente da família Restaino.
A Le Postiche entra em recuperação judicial com um objetivo muito bem definido: se organizar, adequar tamanho e voltar com muito mais força para o varejo dentro do novo modelo de negócios.
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