Novas ideias tem inundado nossas timelines o tempo todo. A novidade agora é algo muito interessante: o Coworking Familiar. Em Belo Horizonte uma unidade tem chamado atenção dos que buscam trabalhar e manter em ordem a rotina de casa.
No passado, muitas mulheres deixaram a profissão de lado para cuidar exclusivamente da família. Mas isso era antigamente. Esse modelo, não cabe na rotina agitada do dia a dia que vivemos.
Nesse bololô entre trabalho e obrigações a advogada Camila Colares se viu numa grande encruzilhada após o nascimento do pequeno Theo. Como manter o trabalho e tudo o que conquistou até hoje de forma equilibrada?
Ela foi radical! Fechou seu escritório, modulou sua rotina para fazer isso dentro de casa, só que a agitação da rotina de trabalho e a rotina do pequeno não funcionavam no mesmo tom e por isso precisava ser muito bem organizada, planejada para que funcionasse.
Uma espécie de orquestra sinfônica. É lindo de ouvir quando estão afinados, mas se der errado… O desafino é certo e isso não poderia acontecer, pois refletiria na imagem construída em sua profissão e pior poderia impactar o faturamento do seu escritório.
Mesmo diante desses desafios, optou por ficar em casa para que pudesse aproveitar melhor o tempo com o filho, só que diante de todo planejamento ela não contou com uma coisa simples: O pequeno Theo descobrindo que a mamãe estava em casa, demandava o tempo todo sua atenção.
Diante disso tudo começou a ficar meio esquisito. O planejamento já não estava tão alinhado e começou a impactar na produtividade. A rotina mental que havia criado, tornou-se uma grande exceção e funcionava só de vez em quando.
A PROCURA
Começou ai a pesquisa de atuação para que pudesse mudar para outro espaço. Foi trabalhar em escritórios compartilhados, mas nada atendia a sua necessidade. Com 1 ano e pouco, o Pequeno Théo foi para a escolinha e a advogada inquieta teve uma ideia: montou o 1º Coworking Familiar de Belo Horizonte.
A Tríade é um escritório compartilhado que atende empresas e pessoas que desejam conciliar o trabalho e a vida familiar. Conta com toda infraestrutura de um escritório com recepcionistas, internet, estações de trabalho, aliado a salas de reuniões e a gestão de documentos e correspondências.
O diferencial do negócio está na criação de um espaço lúdico que conta com monitores e o acompanhamento de psicólogos e assessoria da doutora em educação infantil Cecília Antipoff, conhecida nacionalmente pelo projeto e blog A Casa da Árvore.
O PROJETO COWORKING FAMILIAR
A poder de liderança está na transformação. A mãe e advogada transformou a dor em um negócio oportuno e diferente.
O trabalho agora é criar uma padronização, que possa ser homologada para outros estados com segurança jurídica e padronização de processos.
A advogada Camila Colares deixa claro que a Tríade Coworking não é uma escolinha, e sim uma área de convívio supervisionado. É aliar a agitação do trabalho a um um espaço de brincadeira que os pais podem usufruir enquanto trabalham com a proteção de tê-los por perto em um ambiente seguro.
O UNIVERSO DO COWORKING
O conceito do Coworking começou nos Estados Unidos em 2005, são 13 anos desde a primeira implantação. O modelo passou por um grande período de maturação e se tornou uma grande solução para auxiliar pequenas empresas e startups, atendendo diversos segmentos.
De acordo com o Censo Coworking 2017, os números impressionam. Em um ano houve um crescimento superior a 114%, e chegam atualmente a mais de 55.000 estações de trabalham que ocupam mais de 810.000m² em todo país.
OS NÚMEROS DO NEGÓCIO
Foram investidos para implantação da Tríade Coworking cerca de R$ 150.000 Reais com capital de giro, aquisição de mobiliário e pequenas adequações no imóvel que conta com 14 estações de trabalho e uma sala de reunião para 6 pessoas com toda infraestrutura necessária.
É importante ressaltar que esse valor pode ser alterado dependendo do grau de conservação do imóvel. O estudo de potencial de consumo da região, localização e vizinhança é fundamental para estudo de implantação de uma operação neste segmento.
