Niterói, RJ 12/11/2021 –
O câncer de próstata é considerado o tipo de câncer com maior incidência entre os homens brasileiros, excluindo-se o câncer de pele não melanoma, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) de 2021. A campanha do Novembro Azul, comemorada neste mês, reforça que o rastreio desta doença, aliado ao tratamento adequado, aumenta as chances de sucesso na recuperação do paciente e a sua qualidade de vida ao longo do processo
Segundo Victor Machado, oncologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), existem diversas maneiras de tratar o câncer de próstata e a definição terapêutica é traçada pelo médico especialista que acompanha o paciente. Ele levará em consideração o estágio da doença, a saúde geral do paciente, sua idade, possíveis efeitos colaterais e se existem comorbidades que interfiram no tratamento – ou possam ser agravadas por ele.
“Cada tipo de tratamento oncológico, seja cirúrgico ou de outra natureza, tem seus benefícios e riscos que devem ser ponderados pelo profissional e sua equipe, pois podem impactar diretamente no bem-estar do paciente. Essa escolha deve ser sempre personalizada”, afirma o médico.
O especialista cita as principais formas de tratamento para o câncer de próstata: cirurgia para retirada do tumor com tecnologia robótica, radioterapia, terapia hormonal, terapia com isótopo radioativo, quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia.
A tecnologia médica faz progressos constantes na busca por novas formas de prevenção, diagnóstico e tratamento para o câncer de próstata. Na área da prevenção, exames identificam genes anormais da doença podem facilitar o rastreio de pacientes que tenham mais chances de desenvolver o câncer de próstata.
A cirurgia robótica também é uma tecnologia que pode ser aplicada na retirada do tumor da próstata. Por ser minimamente invasiva, ela oferece menos chances de sequelas e efeitos colaterais no paciente e acelera a sua recuperação, permitindo que ele volte à sua rotina normal pouco tempo após a cirurgia.
Para que o tratamento tenha mais chances de ser efetivo para o paciente, a equipe médica que o acompanha deve ser multidisciplinar, composta por oncologistas, urologistas, radio-oncologistas, médicos nucleares e demais profissionais que também contribuem para a cura e o bem-estar do paciente, como o psicólogo, o nutricionista, o oncogeneticista e outros.
É possível detectar o câncer de próstata em suas fases mais iniciais através da realização dos exames de toque retal e da dosagem do PSA total no sangue. Esse diagnóstico precoce pode ajudar na chance de cura. Homens com mais de 50 anos e aqueles com história de câncer de próstata em familiares próximos com menos de 60 anos têm maior risco de desenvolver a doença.