São Paulo 21/12/2021 –
A primeira fase de implementação do Open Insurance no Brasil começou no dia 15 de dezembro e é marcada pelo compartilhamento de dados públicos de empresas sobre seus produtos e canais de atendimento. A novidade no setor de Seguros abre muitas oportunidades de negócios para as companhias e oferece vantagens para os clientes, com uma ágil troca de informações que permitirá aos consumidores terem acesso a serviços totalmente customizados às suas necessidades. Toda essa comunicação entre as partes envolvidas é feita por meio de APIs (sigla em inglês que se refere às interfaces de programação).
“A incorporação de plataformas de gerenciamento de APIs, identidade e acesso, e integração à estrutura das empresas de seguros possibilitará que os processos ligados à comunicação entre sistemas sejam automatizados e seguros. Isso irá agilizar e qualificar a tomada de decisões tanto para as empresas quanto para os clientes”, afirma Fernando Arditti, Vice-Presidente e Gerente-Geral da WSO2 na América Latina. “Os desafios e processos do Open Banking são bastante similares e as empresas que já fornecem soluções para isto já trazem esta experiência para a implementação do Open Insurance”, complementa o executivo.
O setor de Seguros tem hoje uma participação de 3,7% no Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o 9º Relatório de Análise e Acompanhamento dos Mercados Supervisionados, elaborado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que é o órgão regulador do Open Insurance no Brasil. E o segmento vem se expandindo nos últimos anos. Segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), foi registrado um crescimento de 12,3% em 2019 e de 1,3% em 2020. Até o final de 2022 existe a expectativa de que o Open Banking e o Open Insurance se integrem no modelo de Open Finance, oferecendo aos consumidores mais acesso aos produtos financeiros disponíveis no mercado, sejam eles bancários ou de seguro.
Assim como as demais inovações “Open”, o Open Insurance faz com que os clientes tenham total controle sobre quais dados são compartilhados e com quais instituições. Além disso, existe a possibilidade de acessar serviços de diversas instituições e escolher quais fazem mais sentido para o seu perfil. Já as seguradoras podem utilizar os dados fornecidos pelos clientes para a criação de novos produtos e negócios personalizados às necessidades dos clientes. Com isso, as companhias podem desenvolver aplicativos para apresentar informações sobre os diversos seguros e previdência complementar, capitalização e até saúde financeira das instituições. Além disso, também possibilita outras funcionalidades, como aviso de sinistros e portabilidade de previdência.
Por meio das APIs, as empresas também conseguem ter informações sobre gerenciamento, acesso e integração de todas as suas soluções, podendo fornecê-las sempre que necessário à Susep.
O Open Insurance
A implementação do Open Insurance segue as diretrizes daResolução CNSP nº 415/2021 e da Circular Susep nº 635/2021. De acordo com o cronograma da Susep, a primeira fase do Open Insurance tem início em 15 de dezembro de 2021 e o término está previsto para 30 de junho de 2022. Já a segunda fase, que será marcada pelo compartilhamento de dados pessoais (ex: histórico de pagamentos, dados da apólice e sinistros, uso do seguro/telemetria e dados cadastrais referentes a seguros, previdência e capitalização), deve começar em 1º de setembro de 2022 e terminar em 15 de junho de 2023. A terceira e última fase está prevista para começar em 1 de dezembro de 2022 e também finalizar em 15 de junho de 2023. Na última etapa, haverá a efetivação dos serviços, realização de modificações ou endossos, acessos, resgates e avisos de sinistros. É nesta fase que entram no mercado as Sociedades Iniciadoras de Serviços de Seguros (SISS).
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