São Paulo 8/2/2022 – Em 2022, a agenda ESG deve ganhar força, sendo capaz de amadurecer, conseguindo separar o marketing abusivo das ações genuínas e sistêmicas.
A sigla ESG (Environmental, Social and Governance, ou Ambiental, Social e Governança, em tradução) se refere a um conjunto de boas práticas voltadas a contribuir para uma maior sustentabilidade da economia global como um todo.
“As empresas, mercado financeiro e o ambiente de negócios vão precisar cada vez mais focar nas questões ambientais, sociais e de governança corporativa, pois não há mais condições para ignorar a importância destas questões”, enfatiza Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
Uma pesquisa realizada pela Ernst & Young em 2020 com 300 investidores mundiais mostrou que 91% deles levam em consideração o desempenho não financeiro das companhias na tomada de decisão de investimento. Dessa forma, o mundo dos negócios está de olho em práticas constantes e verdadeiras da agenda ESG das empresas. Tal agenda precisa se tornar uma construção constante, com maturidade e qualidade de gestão frente aos temas prioritários.
“Mais organizações estão percebendo que o futuro dos negócios está intimamente ligado à sustentabilidade, com sua importância cada vez maior. As empresas estão investindo em melhorias de pessoas, processos e tecnologia porque entendem que é necessária uma abordagem multifacetada para alcançar o progresso e o sucesso da sustentabilidade”, pontua Vininha F. Carvalho.
Em 2022, a agenda ESG deve ganhar força, sendo capaz de amadurecer, conseguindo separar o marketing abusivo das ações genuínas e sistêmicas, que visam efetivamente a melhorias ambientais e sociais e que refletem efetivamente o propósito das empresas que são responsáveis.
Segundo Alan Johnson presidente da Internacional Federation of Accountants (IFAC), há um movimento global para que tenha um modelo para assegurar as informações de ESG emitidas pelas empresas. Marcelo Barbosa, presidente da Comissão de Valores Mobiliários. concorda com a afirmação, destacando que o Brasil já caminha nesse sentido com a adoção de normas contábeis que vão orientar o mercado financeiro, como a CPC 09 e a Instrução 480. Valdir Coscodai, presidente do Ibracon (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil), salienta a importância da auditoria independente nesse processo, pois será fundamental na asseguração das informações emitidas pelas empresas.
Uma pesquisa realizada pela OnePoll e pela Navex Global, nos EUA, mostra que diversas companhias têm projetos ou programas voltados ao ESG, principalmente em relação às métricas ambientais, porém, menos de 40% afirmaram o mesmo sobre o cumprimento de metas sociais e de governança. Rompimento de barragens, corrupção, negacionismo da pandemia são exemplos de como esse dado pode ser considerado grave para gerar uma crise de reputação. “Levam-se anos para construir uma boa imagem, e só é preciso de cinco minutos para degradá-la. Ativos intangíveis como a reputação chegam a corresponder a até 80% do valor de mercado de uma instituição e as expectativas que os stakeholders possuem em relação às instituições afetam diretamente o que elas representam para o mercado”, afirma Hugo Bethlem, CPO da Bravo GRC, uma consultoria em tecnologia para GRC e ESG.
“O ESG é mais do que uma tendência, é uma questão de sobrevivência para as empresas. Os colaboradores precisam ter uma visão cada vez mais avançada sobre as questões relacionadas ao tema, ou seja, as empresas que não consideram o ESG hoje não estão preparadas para o futuro”, finaliza Vininha F. Carvalho.
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