São Paulo, SP 18/2/2022 –
Em um processo seletivo, o mais conhecido como “recrutamento às cegas” – que alguns preferem chamar de “recrutamento neutro” – é uma ótima opção se o setor de RH da empresa visa fugir das famosas “primeiras impressões”, muitas vezes, criadas no primeiro contato entre o recrutador e o candidato. A modalidade já existe há uns bons anos e é amplamente utilizada ao redor do mundo, mas, no Brasil, vem ganhando força mesmo após a pandemia mudar a forma de trabalhar de grande parte das organizações.
Este tipo de seleção visa romper com os vícios da contratação e ampliar as oportunidades tanto para os candidatos quanto para as companhias. “Acredito que alguns dos principais motivos para a adoção deste modelo de recrutamento no processo de aquisição de novos talentos são fundamentais e devem ser amplamente conhecidos no país”, afirma Lilian Giorgi, diretora sênior de Recursos Humanos da Alvarez & Marsal Brasil.
Em entrevista, ela apontou os principais pontos. O primeiro deles é a objetividade e redução de custos, já que ao levar em consideração os aspectos técnicos do profissional, o modelo promove uma maior assertividade na contratação, o que, consequentemente, reduz custos tanto com eventuais recontratações quanto com as etapas do processo em si.
Também alavanca o “Employer Branding” da empresa – ou seja, reforça ações de promoção do bem-estar dos colaboradores, gerando aumento de sua reputação como empresa boa para trabalhar. Além de valorizar o capital humano, com foco nas competências de cada candidato e no que ele poderá agregar à empresa.
Atrai conceitos de inovação e tecnologia, à medida em que há softwares próprios para este tipo de processo e que faz com que os profissionais de RH tenham contato com a inteligência artificial e se beneficiem dela.
E, claro, promove diversidade, o que não apenas agrega muito valor e conhecimento à equipe, como promove, no próprio colaborador, uma maior satisfação e senso de pertencimento ao local de trabalho e às atividades exercidas ao longo dos dias.
“Agora, o mais importante é que a liderança de cada companhia esteja aberta a evoluir e mudar a sua visão de mundo para que a proposta de pluralidade no ambiente de trabalho seja realmente incorporada e aceita. Só assim, será possível mudar o cenário atual e transformar o mundo de hoje para as próximas gerações”, conclui Giorgi.
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