Home Dino Retorno gradual aos escritórios exige que cuidados sejam tomados

Retorno gradual aos escritórios exige que cuidados sejam tomados

por
0 comentário

São Paulo 19/10/2021 – O objetivo é chegar à solução mais adequada a cada área da empresa sem deixar de lado possíveis questões surgidas durante o trabalho remoto.

Com o avanço da vacinação, é possível notar o gradual retorno de inúmeras atividades em espaços coletivos, ainda que com restrições e manutenção de medidas de prevenção à covid-19. Da mesma forma, as empresas estão se preparando para a retomada do trabalho presencial, que idealmente deve ser feita de forma gradual, já que a pandemia não acabou e o número de pessoas totalmente imunizadas no Brasil até o momento equivale a 45% da população. 

Porém, a segurança dos colaboradores em relação ao novo coronavírus, que é sem dúvida uma grande preocupação, não deve ser a única a embasar um retorno bem planejado aos escritórios. Quando a pandemia começou, muitos foram lançados a uma nova realidade sem nenhum preparo, e contra isso nada se podia fazer. O impacto exigiu de todos uma capacidade ímpar de adaptação e enfrentamento, e atender a essa exigência teve um preço.

Os últimos 18 meses de home office trouxeram à tona questões como os prós e contras dos esquemas de trabalho em casa ou híbrido (que está sendo considerado tendência para o pós-pandemia) e a atenção à saúde mental dos colaboradores. 

banner

Com a pandemia, as empresas saíram dos escritórios e aderiram ao home office de forma abrupta e sem qualquer possibilidade de escolha. Nesse exato momento, já é possível receber alguns feedbacks de pessoas que retornaram aos escritórios e questionam que as medidas oferecidas pela empresa ficam na esfera do espaço físico e higienização conforme a regulamentação, entretanto, já demonstram insatisfação por não terem tido tempo disponível para planejar o retorno, sem qualquer cuidado com a mudança, com as necessidades da família e da casa que que abrigou por mais de um ano e meio as questões da empresa.

O retorno súbito ao trabalho presencial, que não considera essas novas implicações e que lança as pessoas de volta ao antigo sistema sem que elas sejam ouvidas a respeito, definitivamente, não parece ser o melhor método.

Voltando ao normal? 

Duas pesquisas realizadas por renomadas instituições revelam realidades que parecem incompatíveis quando se pensa na dicotomia trabalho presencial versus home office. 

Segundo a apuração feita pela Korn Ferry, empresa global de consultoria organizacional Korn Ferry, 70% dos profissionais acham que home office é o novo normal e que retornar ao escritório será “difícil”. Mais da metade dos respondentes diz que pensar em voltar ao escritório é causa de estresse, mas ao mesmo tempo sente que a distância física pode comprometer seu desenvolvimento profissional.

Por outro lado, a pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral em parceria com a Grant Thornton e a Emlyon Business School mostra que, apesar do aumento de produtividade indicado por mais de 58% dos respondentes, para muitos a experiência do home office implicou também em maior carga horária, dificuldades de relacionamento com colegas de trabalho e maior desequilíbrio entre demandas pessoais e profissionais.

“Equalizar tantas variáveis quanto as contidas no processo de retorno ao trabalho presencial requerem métodos e diálogos entre RH e colaboradores. O objetivo é chegar à solução mais adequada a cada área da empresa sem deixar de lado possíveis questões surgidas durante o trabalho remoto, como aumento de horas trabalhadas e o ambiente em que cada pessoa entrega o seu melhor com qualidade de vida”, comenta Rodrigo Carnielli, sócio da Solar Facilitações, empresa de consultoria em gestão de mudança. 

Mente em equilíbrio

Quando o assunto é saúde mental, os profissionais de RH reconhecem que as empresas precisam estar mais atentas. 

Dados levantados pela Kenoby, software de recrutamento e seleção, demonstram que 71% das organizações não possuem uma área ou pessoa dedicada ao tema e que 53% dos entrevistados não souberam dizer em quanto tempo a empresa pretende investir na área.

“Claro que a tensão inerente à situação pandêmica teve grande impacto na saúde mental das pessoas, mas não se pode desconsiderar aspectos relacionados às novas configurações do trabalho, seja ele remoto ou presencial. A cultura organizacional e o senso de unidade são importantes, mas ao final do dia, é cada um, em sua individualidade, que processa as vivências e devolve o resultado ao ambiente em que atua”, explica Bruno Zia, sócio da Solar Facilitações.  

Os efeitos que certas dinâmicas corporativas têm sobre a saúde mental não são novidade. Falta de espaço para expressar opiniões, assédio moral ou metas difíceis de se atingir são velhos conhecidos e figuram entre os principais motivos que levam a problemas emocionais. O contexto atual deve servir para que mudanças estruturais sejam, de fato, viabilizadas e promovam ambientes de trabalho mais saudáveis.

Website: https://www.solarfacilitacoes.com.br/

Posts Relacionados

A riqueza do varejo brasileiro, as tendências, as melhores práticas do mercado você só encontraca na Negócio e Franquia, descubra tudo sobre FRANQUIAS, SHOPPING CENTERS, EMPREENDEDORISMO, GESTÃO, NEGÓCIOS, CULTURA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E CONHEÇA AS POLÍTICAS PÚBLICAS para o mundo dos negócios.

Copyright @2024 – Todos os Direitos Reservados. Desenvolvido por 77Prime Labs

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Assumiremos que você está ok com isso, mas você pode cancelar, se desejar. Aceitar Ler mais