Matéria em parceria com a Dino
O mercado está aquecido. Dados da mais recente Pesquisa de Desempenho do Setor de Franchising 2022 feitas pela ABF (Associação Brasileira de Franchising), mostram que o Setor de franquias registrou alta de 8,8% nos 3 meses de 2022 em comparação a igual período do ano precedente.
A receita, que antes era de R$ 39,881 bilhões, avançou para R$ 43,380 bilhões. No balanço da institução, fica claro que o faturamento aumentou em todas as áreas no primeiro trimestre deste ano, com destaque para os segmentos de Moda (13,5%), Saúde, Beleza e Bem-Estar (13,4%), Casa e Construção (9,3), Foodservice (9,1%) e Alimentação – Comércio e Distribuição (7%). Com esses resultados, o setor registrou o 4º trimestre de altas consecutivas.
De acordo com a análise, a variação no 1º trimestre representou um acréscimo de 2.771 operações de franchising no país, totalizando 173.770 operações. Juntas, as unidades foram responsáveis por 1.417.529 de empregos diretos.
A sondagem identificou que, dentre os novos franqueados, 29% são empresários em busca de novas oportunidades, 17,8% são investidores, 17,5% entraram para o franchising como opção de carreira e 16,6% como alternativa de ocupação ou renda, enquanto 16,3% optaram por uma franquia como complemento de renda ou vendas, 1,6% são aposentados e 1,2% dos novos franqueados são de outras categorias. A Pesquisa de Desempenho do Setor de Franchising foi realizada entre os dias 05 de abril e 06 de maio de 2022.
Juliana Borges, diretora da New Consultoria Empresarial – consultoria multidisciplinar corporativa -, observa que, com o cenário de alta tanto no faturamento quanto no número de novas operações, muitos empresários têm olhado com curiosidade para o mercado de franchising.
“Ao mesmo tempo, muitas oportunidades estão surgindo para quem já tem uma empresa e pretende escalar resultados, pois vemos que o brasileiro busca empreender com o menor risco possível, utilizando modelos já testados, serviços e produtos formatados e direcionamento para um começo de operação”, afirma.
O que esperar do setor?
Com o iminente fim da pandemia, Borges vê com otimismo o avanço do franchising no país nos próximos anos. Isso porque, mesmo durante a crise sanitária, o setor não parou. “Este mercado [franchising] se reinventa pela pluralidade de segmentos que aceita. Por isso, não tenho dúvidas de que o franchising veio para ficar no Brasil, independentemente da situação econômica do país”, diz ela.
Nos próximos anos, Borges acredita que deve ganhar relevância o franchising combinado com tecnologia, ainda que em segmentos tradicionais. Para ela, a automação de processos e facilidades ao franqueado representam uma redução de custos significativa, item determinante para desenvolvimento de novos negócios.
Especialistas podem ajudar novos franqueadores
Na visão da diretora da New Consultoria Empresarial, a estruturação e o acompanhamento de empresas que atuam no âmbito do franchising, por parte de especialistas, pode fazer com que a alta alcançada pelo setor de franquias seja uma constante.
“É fundamental contar com uma formatação de rede completa, avaliando processos, sistemas, know-how que será repassado, treinamentos e operação. Uma rede de franquias não pode parar no tempo. Mesmo após a formatação, é interessante contar com auxílio externo para aprimorar procedimentos e trazer inovação para as redes”, afirma.
Segundo Borges, diante de um mercado competitivo, por mais que uma franqueadora esteja vinculada a um segmento, com um serviço ou produto principal, deve buscar novos meios para chegar ao mesmo resultado, priorizando redução de custos, melhorias e agilidade.
Outro ponto importante é manter os olhos no cliente final, público e estratégias de marketing, acrescenta a especialista. “Todos estes fatores, acompanhados por indicadores adequados, trabalham a estratégia das redes de forma a proporcionar uma expansão saudável”, expõe.
Segundo Borges, é possível seguir um passo a passo simples para saber se um negócio é franqueável. Ela conta que a empresa deve avaliar: se o produto ou serviço já possui um público considerável na própria região; se há uma forma de realizar atividades básicas da empresa que poderiam ser ensinadas para terceiros facilmente; se o empreendimento consegue distribuir produtos ou serviços em uma região ou mesmo em âmbito nacional; e se o empreendedor tem condições de disponibilizar pessoas para replicar os seus métodos.
“Se esses quatro itens estão presentes no seu negócio, agora é o momento de buscar uma consultoria e verificar as condições para franquear sua empresa. Neste ponto, vale contar com a formatação do seu negócio a partir de uma empresa especialista, que deve realizar entrevistas com os candidatos a franqueados para entender o perfil das pessoas e do negócio”, indica Borges. “Além de questões burocráticas, deve haver disponibilidade de trabalhar no seu segmento com outros objetivos, agregando metas e resultados”, finaliza.
Para o coordenador da especialização em Gestão de Franquias da PUC MInas, Rodrigo Campelo o modelo de franquias vai passar por uma grande transformação com aceleradoras e isso pode se tornar um grnade desafio para pequenos empreendedores. “Ter um bom negócio significa estar á frente dele, conhecer o mercado e se preparar para um crescimento vertiginoso”, completa Campelo.
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