Shopping Chique, mas os clientes, NÃO! Clientes do Shopping Cidade Jardim forçam país a usar a escada rolante colocando em risco seus filhos por uso inadequado dos elevadores. A minha experiência e a de outros pais não foram as mais felizes nesse último final de semana.
Todos estamos acostumados com escadas rolantes e elevadores, elas estão em todos os lugares e já fazem parte da nossa rotina. Facilitam o dia a dia. Mesmo com tantas informações conhecidas é sempre bom mostrar que alguns estudos não mentem.
É o caso do Estudos da ONG Safe Kids Worldwide mostram que 90% dos acidentes podem ser evitados com medidas simples, como seguir as regras, informar os adultos, adequar os espaços para as crianças, fiscalizar para inibir práticas inseguras e promover o uso de equipamentos de segurança.
Outro ponto importante é que mesmo contando com escadas rolantes, os shoppings tem elevadores para atender a legislação e com isso reduzir riscos de acidente.
Mas isso não faz a menor diferença para os “visitantes” do shopping. A postura de “sou dono e tudo me pertence” é mais comum do que se espera. Tal atitude mais atrapalha do que ajuda.
O empreendimento estava cheio. Muitas pessoas levam seus filhos para almoçar, brincar. Muitos filhos levam seus pais já idosos para almoçar com seus familiares. É um ambiente agradável e familiar.
E sabe onde estava o problema? Na falta de educação de alguns clientes no uso de elevadores.
Pessoas que poderiam andar pelos corredores e utilizar as escadas rolantes, usavam os elevadores e com isso mantinham eles sempre ocupados, obrigando aqueles que realmente precisavam buscar uma outra alternativa para se movimentar dentro do empreendimento.
Algumas recomendação de segurança são claras: crianças menores de 10 anos não devem estar desacompanhadas e carrinhos de bebê devem se movimentar dentro de shoppings pelos elevadores.
Entretanto não foi o que percebemos na visita ao Shopping Cidade Jardim. Apesar de contar com diversos elevadores e escadas rolantes, os clientes não abrem espaço para entrada de cadeirantes e de carrinhos de bebês.
Os clientes do shopping usam os elevadores de forma inadequada. Dessa forma forçam alguns pais a descer pelas escadas rolantes, desafiando a legislação e correndo riscos. Durante o tempo que estivemos no empreendimento diversos casos foram percebidos. E não é difícil corrigir. O empreendimento conta com 5 elevadores e com 4 baterias de escadas rolantes por andar.
O que sugerem as empresas de manutenção?
A Atlas Schindler, empresa de manutenção de elevadores e escadas rolantes, ainda indica que as crianças acima de 10 anos fiquem sempre um degrau à frente do adulto, tanto na descida quanto na subida.
E os cuidados não são só para seu filho: o corrimão deve ser usado sempre, por adultos inclusive. E sinal vermelho para os pais que costumam entrar com carrinho de bebê na escada rolante: não pode… optem pelo elevador, que também precisa ser utilizado seguindo algumas normas de segurança.
Falta de informação e de prevenção estão entre as principais causas de acidentes, assim como a ausência de ambientes adequados para crianças.
A ThyssenKrupp Elevadores, fabricante de tecnologias de elevação e mobilidade urbana dá mais dicas para prevenção de acidentes:
- Crianças devem usar os elevadores e as escadas rolantes acompanhadas de um adulto;
- Evite brincadeiras dentro do elevador;
- O corrimão da escada rolante é um item de segurança e não deve ser usado como escorregador;
- As crianças nunca devem sentar nos degraus da escada rolante;
- Não segure a porta do elevador;
- Subir ou descer no sentido contrário ao fluxo da escada rolante é uma brincadeira que as crianças adoram, mas muito perigosa;
- Carrinhos de bebê, cadeiras de rodas ou similares não devem ser transportados em escadas rolantes, Use o elevador;
- Segure a mão do seu filho na escada rolante para evitar que ela se debruce sobre o corrimão.
A conclusão que a gente chega
Não é uma questão de falta de informação o que vimos acontecer no Shopping Cidade Jardim, mas uma questão de falta de educação e respeito. Como afirmei lá no começo: o shopping é chique, mas os clientes, NÃO!