São Paulo 19/10/2020 –
Profissionais podem melhorar o currículo, LinkedIn e conseguir horas curriculares, enquanto empresas de todos os tamanhos têm acesso a treinamento para colaboradores, um sistema de match de habilidades comportamentais e ranqueamento de usuários
O modelo de trabalho home office deve aumentar em 30% mesmo após a normalização de todas as atividades depois da pandemia. A constatação é da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em virtude dessas alterações, que também incluirão mais uso de tecnologias como a Inteligência Artificial (AI), consultorias de todo o mundo apontam que as chamadas “soft skills”, conhecidas como habilidades comportamentais em português, serão ainda mais essenciais nesse cenário.
O relatório Global Talent Trends 2019, realizado pelo LinkedIn, confirma essa tendência, pontuando que os recrutadores da plataforma consideram as soft skills tão ou mais importantes que habilidades técnicas.
Nesse cenário, é essencial que empresas se preocupem em oferecer esse tipo de treinamento para seus colaboradores e profissionais liberais ou que estão sem ocupação enxerguem esse aprendizado como essencial.
Democratizando o aprendizado das soft skills
Com o objetivo de democratizar o desenvolvimento de soft skills, a edtech de educação corporativa, Walk Skills, criou uma metodologia de ensino batizada de “e-living” – ensinar, vivendo e praticando – que permite praticar e aprender por meio de uma trilha com video quiz interativo, podcasts e e-books, o que deixa o aprendizado muito mais dinâmico e fluído.
“O mundo está acostumado com o ensino das hard skills e, por isso, o modelo de learning funciona muito bem, pois as habilidades técnicas estão intimamente ligadas aos conteúdos pragmáticos. No caso das soft skills o que realmente dá vida a essas habilidades comportamentais são as vivências e as práticas”, destaca Arnaldo Maluf Gesuele, um dos empresários idealizadores da Walk Skills.
Para montar a grade curricular, a edtech mapeou as 17 principais soft skills para um “profissional do futuro”, agrupadas em uma trilha de aprendizado que conta com 10 cursos. Na plataforma, o profissional é testado a tomar decisões em situações que simulam os desafios do dia a dia corporativo e passa por assessments que medem a aderência em cada tema.
A trilha termina com podcasts exclusivos feitos por especialistas que são referência no mercado, que utilizaram as habilidades comportamentais para construir suas carreiras e projetos de sucesso, como Ruy Shiozawa (CEO Great Place to Work Brasil); Marcelo Nóbrega (Autor e Ex-Diretor McDonald’s Brasil – Arcos Dourados) e Rubens Approbato Machado Jr. (Cofundador PoliAngels e Polistart).
“Outro ponto que temos de ressaltar é que não adianta termos assessments em soft skills, se não houver caminhos e ferramentas que ajudem na evolução do mindset. Nosso conceito busca demonstrar por meio da gamificação da plataforma (mecânicas de jogos para engajar pessoas), qual o nível de maturidade e engajamento nos temas de soft skills”, esclarece Cleber Castro, o outro sócio responsável pela criação da Walk Skills.
Benefícios para profissionais e empresas
Toda a trilha de 10 cursos da Walk Skills pode ser realizada de maneira gratuita por profissionais e, caso o usuário queira, ele pode ainda comprar o certificado, que é referente a 54 horas de atividades, por apenas R$ 19,90. O certificado é importante porque pode ser utilizado para aprimorar um curriculum vitae ou o LinkedIn.
Para as empresas, a Walk Skills oferece de forma prática e acessível que todos os segmentos preparem seus colaboradores para que estejam alinhados com a cultura organizacional da instituição, independente de cargos e hierarquias, do operacional até os cargos de alto escalão.
“A metrificação em formato de e-living da startup possibilita que as empresas tenham acesso a um painel de controle em que elas podem mensurar quais comportamentos são mais importantes, seja por cargo, setor ou de forma generalista, determinando quais soft skills têm maior peso atrelados a própria cultura organizacional”, pontua Cleber Castro.
O acesso a ferramenta também permite que o setor de RH fique de olho em novos talentos e até mesmo dê um feedback para os candidatos que passaram pelo processo seletivo. Arnaldo Gesuele reforça ainda que essas competências são importantes para quebrar paradigmas do preconceito e promover a igualdade de gênero em processos seletivos, tudo em um mecanismo de “blind ranking”, que significa deixar o ranqueamento com informações básicas, para diminuir o viés na hora de escolher por um candidato.
Correlacionando a pontuação da auto avaliação do profissional, as notas que são dadas ao longo da trilha e os desejos e anseios das empresas, a Walk Skills ainda criou um “match” (combinação) através de algoritmos que foram pesquisados por mais de 2 anos.
Lançamento no mercado
A edtech de educação corporativa nasceu da ideia de Cleber Castro e Arnaldo Maluf Gesuele, que se conheceram e perceberam que tinham algo em comum: ambos já consideravam que as soft skills eram indispensáveis para potencializar resultados dentro das organizações.
“Por ser uma startup, a Walk Skills já criou desde seu nascimento esse diferencial para o mercado brasileiro e mundial. No futuro, nós teremos um roteiro com assessments de perfis comportamentais baseado em neurociência, exercícios práticos para serem consumidos e praticados dentro das empresas no dia a dia dos profissionais”, comenta Arnaldo Gesuele.
A startup está operando no mercado há seis meses, quando mais de 2,8 mil pessoas foram treinadas. Desde setembro, o método da Walk Skills está disponível também para B2C.
Nessa entrada no mercado, a Walk Skills terá como um novo embaixador o empresário Renato Fiochi, CEO do Grupo Gestão RH, que atua há mais de vinte anos com as maiores empresas do Brasil. Ainda nesta fase de lançamento, a startup tem uma parceria consolidada com a Fenacon, com o Sistema Sescap e a empresa Pravaler Crédito Universitário. Com essas parcerias a edtech terá a oportunidade de ofertar o ensino de soft skills para milhares de empresas.
Cleber Castro explica ainda que a startup não terá uma única trilha, que serão criadas centenas de trilhas para que o aprendizado seja constante. “Nosso objetivo é atingir o maior número possível de pessoas. A partir desse aprendizado, esses profissionais estarão preparados para a nova economia 4.0 e poderão intraempreender e empreender no mundo todo, permitindo com que eles mesmos planejem suas carreiras”, finaliza.