Rio de Janeiro 8/12/2021 –
Cerca de 90% das empresas brasileiras são familiares. Essa proximidade entre sócios poderia resultar numa maior eficácia na condução dos negócios e sua consequente continuidade, mas na prática não é o que acontece na maioria dos casos. E um dos motivos para isso é que familiares evitam tratar da sucessão – assunto de uma live realizada pela Auddas – empresa de planejamento estratégico, gestão e capital, na última semana, em seu canal no YouTube.
Intermediado por Renata Muniz, CEO da RM Consultoria em Marketing, o encontro virtual teve por título “Estruturação de Empresas e Planejamento Sucessório”, e foi discutido pelo sócio da Auddas Rogério Vargas e pela advogada de Família e Sucessões Ana Lúcia Ricarte, diretora da Associação Brasileira de Advogados e sócia da Ricarte Advocacia. Ambos trataram de questões ligadas às boas práticas de governança que permitem aos sócios das empresas garantirem não só o sucesso dos negócios como transições mais seguras em caso de um afastamento de sócios, fato que ocorre inclusive em caso de falecimento.
Vargas enfatizou que um dos erros mais comuns dos proprietários de empresas no Brasil é a falta de uma definição clara dos papéis de cada sócio na condução do negócio, bem como uma melhor dinâmica de gestão entre sócios e gestores, que são papéis complementares. “Essa deficiência não acarreta problemas apenas quando se parte para a profissionalização da gestão como também no desempenho das equipes e nos processos de sucessão. Essa questão de planejamento, de estruturar os papéis é um desafio não só das famílias, mas dos negócios”, definiu Vargas.
Segundo ele, independentemente do ramo ou do porte da empresa, ela existe por conta de um caminho estratégico de seus donos que desde o início vislumbraram uma oportunidade no mercado. Os negócios infalivelmente lidam com propostas de entrega de valor a seus clientes, dentro de um modelo que viabiliza essa operação, conduzida por uma estrutura de gestão. No entanto, toda essa engrenagem só dá certo quando reflete a visão estratégica dos sócios, que estão empenhados cada um com seu claro papel na estrutura.
“Quem lidera esse movimento sempre são os sócios. Sócios e gestores têm que trabalhar juntos porque se complementam. Há uma dinâmica de gestão. Não adianta contratar uma pessoa e achar que está feito”, ressalta o sócio da Auddas. A advogada, Ana Lúcia Ricarte deu o mesmo tom em sua participação, esclarecendo que o Direito de Família e o auxílio e a consultoria dos profissionais dessa área são fundamentais para que as empresas se preparem para eventuais transições. No entanto, para se garantir a continuidade dos negócios os parentes que vão suceder os sócios precisam conhecer bem as atividades e estar preparados para assumir suas funções. “As famílias não encaram suas empresas muitas vezes como empresas, mas como um direito sucessório. Na verdade, ela tem vida própria e precisa ter uma governança corporativa muito bem estruturada para que ela possa entregar valores, continuar a produzir e entregar qualidade”, disse a advogada.
A necessidade dessa correta estruturação das empresas familiares com vista à sustentabilidade dos negócios é ainda mais premente diante do avanço das tecnologias digitais. O uso, cada vez maior dessas ferramentas, exige um preparo das empresas com relação à segurança e à ética no uso dos dados. São princípios que ganharam ainda maior importância a partir do advento da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Para assistir à transmissão na íntegra, basta acessar:
Website: https://www.youtube.com/watch?v=P8FWZ0ZMM-w