8/2/2022 – Com um software de treinamento remoto, sempre tem um treinador acompanhando e direcionando os treinos por um valor abaixo dos preços aplicados no presencial
Mesmo com o confinamento, medida adotada por países de todo o mundo para conter a pandemia de Covid-19, milhões de pessoas encontraram meios para continuar a prática de exercícios físicos. Prova disso, o setor global de equipamentos fitness domiciliares cresceu 17,6% entre 2020 e 2021, atingindo a cifra de US$ 9,9 bilhões (cerca de R$ 54,5 bilhões), de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Research and Markets.
De forma síncrona, a categoria de treinos on-line conquistou a primeira posição como a principal tendência fitness de 2021 no ranking mundial do Colégio Americano de Medicina do Esporte. O feito ocorreu em um período marcado pelas medidas de quarentena e isolamento social, que inviabilizaram a prática esportiva ao ar livre e em academias. Em 2019, pré-pandemia, o segmento ocupava o 26º lugar.
Atentos ao fenômeno, pesquisadores da UFC (Universidade Federal do Ceará), da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), do Unipê (Centro Universitário de João Pessoa) e da UVA (Universidade Estadual Vale do Acaraú) investigaram a importância da prática de exercícios físicos durante a quarentena. Segundo a pesquisa, publicada em setembro de 2021, “adultos que se exercitaram em casa durante a pandemia apresentaram melhor qualidade de vida, qualidade subjetiva de sono e níveis reduzidos de ansiedade, depressão e estresse do que aqueles fisicamente inativos”.
Diego Medeiros, sócio da Personal Digital, aplicativo de entrega de treinos on-line, explica que, entre as tendências da categoria de esportes domiciliares, ganharam destaque os treinos on demand – com entrega por meio de softwares de dispositivos móveis.
“A pandemia acelerou o uso da tecnologia e ferramentas como aplicativos para a prática da atividade física – algo que, até pouco tempo, não existia”, pontua. “Mesmo com o fim do confinamento, os novos hábitos devem permanecer, por uma série de motivos, na mesma esteira em que outras modalidades, como o e-commerce, a educação à distância e o home office, também são uma tendência no pós-pandemia”.
Aplicativos fitness para treinamento com personal são opção para iniciantes
Medeiros explica que, entre os aplicativos fitness, há aqueles que indicam treinos pré-estabelecidos, que são recomendados para quem já pratica atividades físicas e possui uma rotina de treinos ativa – o que é a minoria das pessoas. Dessa forma, há também uma parcela de plataformas que facilita a vida para os iniciantes.
Nesse sentido, acrescenta, aplicativos que unem o personal trainer ao usuário oferecem vantagens para alunos que estão começando. “Com uso de uma ferramenta que conecta treinadores e alunos, o praticante pode relatar necessidades individuais e seus objetivos. Além de inserir todas essas respostas nos apps, o usuário pode fazer upload das suas fotos: assim, o personal pode criar algo personalizado, acompanhar a frequência e evolução dos treinos e os resultados de cada aluno”.
Treinamento remoto é opção para evitar contágio e pode se tornar fixo
Para o sócio da Personal Digital, os treinamentos com personal trainer de forma remota são uma alternativa diante do surgimento de novas variantes de Covid-19 e síndromes gripais.
“De 2020 para cá, os brasileiros aprenderam a dar valor à saúde, priorizando atividades que garantam a segurança e o bem-estar. Neste ponto, a tecnologia ajuda muito: como um novo hábito, aprendemos a utilizar o aparelho celular para quase tudo, e no segmento fitness não é diferente. Assim, o uso de softwares para treinos e acompanhamento on-line só aumenta e, ao que tudo indica, é uma modalidade que veio para ficar”, afirma.
Segundo o especialista, o uso de aplicativos do gênero também oferece vantagens, como economia e liberdade. “Com um software de treinamento remoto, o praticante sempre tem um treinador acompanhando e direcionando os treinos por um valor abaixo dos preços aplicados no presencial”, diz.
Além do mais, prossegue, com um aplicativo fitness o praticante tem a liberdade de praticar os treinos no seu próprio tempo, sem precisar agendar horário. “Para muitos, isso tornou-se um fator essencial para, não apenas incluir, mas manter as atividades físicas na correria do dia a dia, por isso pode ser uma tendência que começou por conta do isolamento social, mas com certeza deve permanecer após a crise”, conclui.
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