Descobrimos que a parte tecnológica da empresa não é mais um assunto secundário. Estar conectado significa aproximar do cliente cada vez mais rápido e com isso fazer vendas e o equilíbrio financeiro do negócio. É importante dizer que varejistas devem ficar atentos a proteção de dados.
Seja uma farmácia, um bar, uma loja de fantasias ou um grande supermercado, todos terão que controlar e cuidar dos dados seguindo as determinações da LGPD brasileira. Não tem mais espaço para “gambiarras digitais”.
E as franquias não ficam de fora dessa responsabilidade. Todas as operações varejistas devem se adequar as regras estabelecidas na lei.
Uma das principais regras da LGPD determina que o consentimento da utilização de dados deve ser feito ao usuário no primeiro contato dele com a plataforma digital da marca. A empresa deve explicar a finalidade com a qual irá coletar os dados e a forma como irá armazená-lo. A revogação desse consentimento, no entanto, pode ser feita a qualquer momento, mesmo depois de o usuário ter concordado com o fornecimento das informações.
A LEI
Com a sanção presidencial da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), empresas públicas e privadas, de todos os portes, que coletam informações pessoais, precisam se adequar às normas da nova legislação. A principal ação efetiva que as companhias terão que realizar é implementar um programa de governança de proteção de dados pessoais.
Governança de dados refere-se ao gerenciamento de informações recolhidas por uma empresa e a implementação de ações de proteção dessas informações. Atualmente diversas companhias de tecnologia oferecem consultoria do serviço.
Além disso, empresas precisam permitir que os responsáveis pelos dados tenham mais domínio sobre suas informações. Esse controle pode ocorrer, por exemplo, por meio da adesão por parte dos titulares dos dados e das políticas de privacidade da companhia. Vale lembrar que a LGPD exige maior transparência tanto em relação aos dados dos consumidores como também dos próprios funcionários e colaboradores da empresa.
O DESAFIO PARA PME – PEQUENOS E MÉDIAS EMPRESAS
As pequenas e médias empresas representam uma parcela muito importante na economia do país. De acordo com pesquisas realizadas no mercado, pelo menos 25% dos micro, pequenos ou médios empreendedores do país não têm conhecimento sobre as particularidades da LGPD e que apenas 40% dos pequenos e médios empresários estão preparados para a lei que regulará o uso de dados pessoais no Brasil. A LGPD tem como objetivo principal assegurar o direito à privacidade e à proteção das informações.
Para Leonardo Resende, fundador e CEO da DPOMax, consultoria que presta serviço para que empresas se adequem à LGPD, afirma que boa parte das grandes companhias já está adequada à nova legislação, e que o grande desafio será para pequenos e médios empresários. “A adequação [à LGPD] para empresas de pequeno porte leva de 60 a 90 dias, caso elas não tenham um grande volume de vendas. Mas para empresas de médio porte é de 8 a 18 meses.”
SANÇÕES DA LGPD
As sanções para quem não se adequar e seguir os critérios estabelecidos vão desde notificações, suspensões parcial do banco de dados e até mesmo a proibição do uso do dados coletados, além de multas diárias
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