O varejo brasileiro encerrou 2024 com crescimento de 4,7%, impulsionado pelo aumento no volume de vendas e pela retomada do consumo. Apesar do avanço, o setor enfrentará desafios em 2025 para se manter rentável. A necessidade de equilibrar custos operacionais, precificação e investimentos em inovação será um dos principais pontos de atenção para empresas do segmento.
A Lojas Renner, por exemplo, viu suas ações caírem 14% após registrar uma queda de 7,5% no lucro líquido do quarto trimestre, em relação ao ano anterior. Mesmo assim, a empresa teve um aumento de 9,7% na receita e crescimento nas vendas.
O movimento da Renner reflete um comportamento observado em todo o setor: varejistas têm apostado no crescimento via volume de vendas, evitando repasses de preços ao consumidor. Essa estratégia, que favorece a competitividade, exige um equilíbrio delicado para manter a rentabilidade. Para 2025, espera-se um aumento gradual nos preços, mas ainda abaixo da inflação, segundo executivos do setor.
Expansão e digitalização moldam o varejo
Diante desse cenário, as principais redes de varejo têm buscado expandir suas operações e fortalecer sua presença digital. A Renner, por exemplo, pretende abrir entre 25 e 35 novas lojas em 2025, ampliando sua atuação em cidades onde ainda não está presente. O plano acompanha uma tendência observada no setor: redes que apostam tanto na expansão física quanto na integração dos canais online e offline tendem a apresentar melhores resultados de longo prazo.
O investimento na digitalização e na experiência omnichannel segue como um dos grandes focos para o varejo. Empresas têm investido na otimização da jornada do consumidor, na personalização das ofertas e na agilidade das entregas para tornar a experiência de compra mais fluida e eficiente.
Desafios e perspectivas para 2025
Mesmo com um ano de crescimento, o setor inicia 2025 com desafios significativos. O equilíbrio entre expansão e rentabilidade será essencial para manter a competitividade no mercado. O caso da Renner, que cresceu em receita, mas enfrentou pressão na margem e no lucro líquido, mostra que o desafio não está apenas em vender mais, mas em fazê-lo de forma sustentável.
Além disso, o custo operacional segue como um fator de atenção. O aumento da participação nos lucros e resultados (PLR) da Renner, que saltou de R$ 25 milhões em 2023 para R$ 150 milhões em 2024, gerou questionamentos entre investidores e reforçou o debate sobre o impacto dos gastos internos na rentabilidade das empresas.
Para o varejo como um todo, o caminho passa por ajustes estratégicos. Em 2025, espera-se que o crescimento venha não apenas do volume de vendas, mas também da busca por maior eficiência operacional e melhor aproveitamento da estrutura digital. A combinação entre expansão, inovação e controle de custos será determinante para o sucesso do setor nos próximos meses.
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